O Governo brasileiro anunciou hoje a criação de 1.973 novas rotas de voo durante os jogos do Mundial de futebol de 2014, a fim de garantir o trânsito dos adeptos entre as 12 cidades sede.

A medida foi tomada com base no pedido preliminar enviado pelas próprias companhias aéreas à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), órgão governamental que regula a aviação brasileira.

As novas rotas ficarão ainda sujeitas à confirmação das empresas que as operam, uma vez que houve pequenas mudanças em horários para garantir que os novos voos operariam de acordo com a capacidade dos aeroportos, conforme explicou o presidente da ANAC, Marcelo Guaranys, em conferência à imprensa.

Além de novos trechos, a ANAC aprovou ainda 78.027 pedidos de alterações em trechos já existentes, para mudanças em horários ou rotas.

As cinco principais rotas solicitadas pelas companhias foram Rio de Janeiro-Argentina, com 262 novos voos, Brasília-São Paulo, com 288, Fortaleza-São Paulo, com 205, e Rio de Janeiro-São Paulo, com 284.

A ampliação da oferta é necessária tendo em vista as grandes distâncias entre as principais cidades sede dos jogos, sendo a opção pelo transporte aéreo praticamente a única viável em muitos dos casos.

A distância entre o Rio de Janeiro, no sudeste do país, e Manaus, no norte, onde a seleção portuguesa efetuará um jogo na fase de grupos, é de mais de 4.000 quilómetros, por exemplo.

Para atender à procura específica durante os jogos, estão a ser oferecidos novos voos em 25 aeroportos, dos quais 12 localizados nas cidades sede e outros 13 terminais menores, localizados a até 200 quilómetros de distância dessas cidades.

Esta semana, duas companhias aéreas - Azul e Avianca Brasil - anunciaram a adoção de uma tarifa máxima, no valor de 999 (cerca de 310 euros), para os bilhetes referentes ao período do Mundial.