À entrada para a última jornada do grupo G só um cenário catastrófico poderá tirar a qualificação a Portugal, mesmo que a equipa de Queiroz perca e a Costa do Marfim ganhe e terminem as duas em igualdade pontual.
O que separa as duas equipas, em caso de igualdade, são os golos, uma enormidade deles: com sete positivos para Portugal, contra dois negativos para os marfinenses, face à derrota por 3-1 com o Brasil.
Qualquer hipótese de qualificação da equipa africana treinada pelo sueco Sven-Goran Eriksson passa por uma conjugação de factores. Esperar a derrota de Portugal com o Brasil e, depois disso, fazer sempre contas em números “altos”.
Será necessário que a Costa do Marfim vença por muitos e não se limite a esperar que seja o Brasil a fazer esse papel com Portugal, face aos factores de desempate. A questão é que a equipa africana precisa de superar uma diferença de oito golos.
Em igualdade de “goal average”, os marfinenses, liderados por Didier Drogba, não podem esperar que Portugal seja goleado, porque, num cenário assim, apura-se quem marcou mais e a equipa portuguesa fez pela vida com a Coreia do Norte.
O jogo de Nelspruit – Brasil e Portugal jogam à mesma hora (15:00 de Lisboa) em Durban – alimenta, mesmo assim, uma ténue esperança entre os “elefantes” e o defesa Guy Bemel alerta para o facto de as coisas ainda não terem acabado.
“Isto ainda não acabou. Falta um jogo e devemos a nós próprios uma vitória e, depois, esperar que as coisas surjam a nosso favor”, disse o defesa do Hamburgo.
No jogo, Eriksson, a precisar de (muitos) golos deverá voltar a colocar Drogba a titular, apesar de o avançado ter estado sempre limitado (foi suplente com Portugal e titular com o Brasil), a jogar com uma tala depois de ter fracturado o braço.
No lado da Coreia do Norte, a estreia até tinha sido promissora (derrota apenas por 2-1) com o Brasil, mas o jogo com Portugal eliminou e arruinou a equipa, num embate que teve uma inédita transmissão televisiva em directo para o país.
Os norte-coreanos esperam agora que se recupere o orgulho nacional ferido e à equipa poderá faltar futebol, mas, de acordo com o técnico Kim Jung Hun, não faltará certamente vontade para sair deste mundial com boa cara.
“Falta-nos um jogo. Reforçaremos as nossas habilidades mentais e trabalharemos bem”, disse o selecionador logo após a pesada derrota com Portugal.
O jogo entre Costa do Marfim e Coreia do Norte está agendado para as 16:00 (15:00 em Lisboa) no Estádio Mbombela, em Nelspruit, e será dirigido pelo árbitro espanhol Alberto Undiano.
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