“Tirando a altura das eleições, quando também temos um grande volume de trabalho, nunca fizemos tanta coisa num tão curto espaço de tempo”, observa Luís Silva, o proprietário da I-Cut, que faz desde logótipos até à afixação final dos materiais.
Portugal está a preparar a presença no Campeonato do Mundo de futebol da África do Sul (11 de Junho a 11 de Julho) e a presença da turma das “quinas” na Covilhã gerou novas oportunidades de negócio à gráfica.
A empresa é a responsável pelos tapumes que impedem a vista do exterior nos locais de treino, assim como por vários cartazes publicitários, adjudicados pela Câmara da Covilhã, mas a procura por parte do comércio local também sofreu um aumento significativo.
“Nas lojas pedem vinis recortados, com as cores da bandeira nacional, para salientarem as montras. Nem estamos a atender todos os pedidos porque é muita coisa e mais vale não fazer que fazer mal feito”, frisa Luís Silva.
A maior parte do tempo tem sido passada no Complexo Desportivo da Covilhã e no Estádio Santos Pinto, locais onde a selecção portuguesa de futebol tem treinado. “É preciso estar sempre com atenção e reparar o que for preciso”, refere o empresário.
Quando soube que a equipa das “quinas” ia fazer o estágio de preparação para o Mundial na Covilhã, Luís Silva apercebeu-se de que iria ter um acréscimo de trabalho.
Pouco depois começaram a chegar pedidos de orçamento. “Mas foi a partir do dia em que se assinou o protocolo que se notou mais esta agitação”, conta.
O aumento de trabalho obrigou a I-Cut, com apenas três funcionários, a procurar reforçar a equipa temporariamente, através do Centro de Emprego.
Como não encontrou gente da área, Luís Silva teve de subcontratar outras empresas da cidade para ajudarem na montagem das estruturas.
“Têm sido semanas de muito trabalho, com umas ‘directas’ à mistura, mas é bom para a empresa”, sublinha o proprietário, satisfeito por ver o comércio aproveitar a presença da selecção na cidade para chamar a atenção para as suas lojas.
“Ao mesmo tempo que manifestam o apoio aos jogadores, dão um ambiente mais festivo à cidade. É uma coisa que deviam fazer mais vezes”, acentua o artista gráfico.
Só que a dar razão ao adágio de que em casa de ferreiro espeto de pau, apesar dos muitos rolos de vinil e tela verde e vermelha nas instalações, não existe qualquer decoração alusiva à equipa das “quinas” no interior ou exterior da I-Cut.
“Tem sido uma correria. Para servir os outros a nossa parte acaba por ficar um pouco para trás. Tenho aqui uns cachecóis, mas ainda nem tive tempo de os pendurar”, remata Luís Silva.
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