A greve do metro decretada na quarta-feira em São Paulo fez com que a maior cidade brasileira amanhecesse com estações fechadas e caos no trânsito, a uma semana do início do Mundial de futebol.

As três linhas mais movimentadas da cidade funcionam apenas parcialmente, nos trajetos mais próximos do centro da cidade, segundo a imprensa local. Duas linhas funcionam normalmente: uma operada por uma concessionária, que liga o centro à zona oeste, e outra que serve a zona sul do município.

A estação Corinthians Itaquera, que fica em frente ao estádio que será palco da abertura do Mundial2014, estava fechada ao início da manhã. Utentes arrombaram as portas da estação e protestaram contra a falta do transporte.

A greve, que foi decretada na noite de quarta-feira, por tempo indeterminado, causou sobrelotação nos autocarros e fez com que o governo municipal suspendesse a circulação alternada (que impede que os mais de 7 milhões de veículos da cidade circulem no mesmo dia), aumentando as filas de veículos.

Funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego, empresa municipal que administra o trânsito, também fazem um dia de paralisação.

A ameaça de greve no setor já existia desde maio, com pedidos de reajuste salarial de 16,5% - o governo estadual, responsável pela rede de metro, ofereceu 8,7%. A Justiça brasileira determinou que, mesmo em greve, 100% dos comboios do metro circulem nas horas de ponta, e 70% nas outras, o que não está a ser cumprido, segundo a imprensa local.