A Holanda venceu esta tarde o México, por 2-1, e carimbou o seu apuramento para os quartos de final do Mundial 2014. No entanto, até aos 87 minutos eram os mexicanos que faziam a festa, mas a Laranja Mecânica conseguiu uma reviravolta épica nos derradeiros minutos do jogo realizado em Fortaleza.
Longe do brilhantismo de alguns jogos da fase de grupos, a seleção comandada por Louis Van Gaal entrou mal na partida, parecendo ressentir-se com o forte calor de Fortaleza. Por sua vez, o México voltou a fazer prova da sua enorme coesão e solidez, travando as principais ameaças holandesas: Robben e Van Persie.
O México dominava o encontro, fruto de um Herrera bastante dinâmico no meio-campo e com as movimentações inteligentes de Geovanni dos Santos e Peralta. Contudo, eram raras as ocasiões de golo no jogo, que decorreu num ritmo algo lento. De tal forma que Pedro Proença teve mesmo de interromper o jogo aos 31 minutos para as duas equipas se refrescarem.
No entanto, a pausa não chegou a refrescar as ideias até ao intervalo, num período sem grandes motivos de interesse, essencialmente por demérito de uma Holanda pouco personalizada e empenhada. Só as fugas de Robben conseguiam agitar a equipa.
Como consequência, o segundo tempo arrancou com o golo do México. Sem grande surpresa e com alguma justiça, Geovanni dos Santos disparou forte de fora da área aos 48 e fez o 1-0, num remate sem hipóteses para Cilessen.
A Holanda voltava a ver-se em desvantagem, depois dos jogos com a Espanha e a Austrália. E tal como nessas situações, mostrou uma enorme capacidade de entrega para dar a volta ao resultado. Louis Van Gaal leu bem o jogo, lançou Depay e Huntelaar e desviou Robben para o flanco direito, onde podia fazer as suas diagonais com mais espaço e liberdade.
Assim, o México encolheu-se progressivamente, com o selecionador Miguel Herrera a depositar toda a sua fé no guardião Ochoa, que foi adiando o inevitável com grande classe.
Todavia, nada podia parar o tiro de Sneijder, aos 87, à entrada da área mexicana, depois de um canto em que Huntelaar desviou para o remate do médio. Estava feito o empate e tudo parecia lançado para o prolongamento. Só que as reviravoltas holandesas foram sempre feitas em tempo útil e foi assim que chegaram à vitória já nos descontos, com Huntelaar a converter a grande penalidade assinalada pelo árbitro português após falta sobre Robben.
O avançado saído do banco de suplentes não perdoou e fez o 2-1 final, sentenciando o apuramento para os quartos de final do Mundial. Já o México despede-se da prova com uma boa imagem.
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