Se, à partida, o favoritismo da "laranja mecânica" parece inquestionável, maiores dúvidas surgem no duelo pelo segundo lugar: os "leões indomáveis" são uma referência em África e o conjunto nórdico sempre imprevisível, como atesta o seu título europeu em 1992, após repescagem de última hora.
O Japão tem crescido na Ásia, onde foi campeão em 1992, 2000 e 2004, mas surge como a equipa técnica e fisicamente menos consistente, embora com valor para pontuar e influenciar as contas do grupo.
A Holanda apresenta-se com o seu futebol perfumado, vistoso e eficiente que lhe valeu o passeio num acessível Grupo 9 europeu de qualificação, com o pleno de vitórias.
Nas oito participações em mundiais, ultrapassou sempre a primeira fase e já chegou a duas finais, que perdeu para as equipas da casa, em 1974 para a RFA e em 1978 para a Argentina -, tendo sido campeã da Europa em 1988.
Os pupilos de Bert Van Marwijk já deram nas vistas pelas exibições rubricadas no Euro2008, mas agora estão mais experientes e realistas, pelo que se espera uma equipa com a mesma qualidade, mas mais pragmática.
Os defesas Mathijsen, Bronckhorst e Ooijer, os médios Van Bommel e Van der Vaart e os avançados Van Persie, Kuyt e Huntelaar foram os atletas mais influentes na fase de apuramento.
Os Camarões estão determinados ao melhor desempenho de sempre no primeiro mundial em solo africano, depois do sétimo lugar no Itália’90, na altura liderados em campo pelo veterano e mítico Roger Milla.
Na sexta participação em campeonatos do Mundo, os "leões indomáveis" apresentam o avançado Samuel Eto'o (treinado por José Mourinho, no Inter) como grande estrela, mas há outros atletas a ter em conta.
Os médios Alexandre Song (Arsenal) e Jean Makoun (Lyon) e o defesa Rigobert Song (Trabzonspor) são alguns dos futebolistas com experiencia europeia, que permitem ao conjunto liderado pelo francês Paul le Guen apresentar um jogo mais consistente e evoluído taticamente.
A Dinamarca surpreendeu ao vencer o grupo que incluía Portugal e Suécia e o treinador Morten Olsen tem agora o desafio de, pelo menos, igualar os seus antecessores nas três anteriores participações: passar a fase de grupos.
Inúmeras lesões no apuramento obrigaram-no a usar 38 futebolistas, dos quais se destacaram os defesas Lars Jacobsen e Daniel Agger, o médio Cristhian Poulsen e os avançados Dennis Rommedahl e Nicklas Bendtner, este último com propensão para marcar a Portugal.
O Japão será a equipa com menores hipóteses de apuramento, pois não conta com os mesmos trunfos dos adversários, nem no plano técnico, nem no físico.
Quando co-organizou o Mundial 2002 com a Coreia do Sul viu o vizinho chegar às meias-finais, mas afigura-se complicado que uma equipa asiática volte a atingir tal feito.
O defesa goleador de origem brasileira Marcus Tulio Tanaka é uma das referências da equipa, tal como o também defesa Yuji Nakazawa e o avançado Keiji Tamada.
Calendário do Grupo E:
- 1.ª jornada:
Holanda - Dinamarca, 14 junho (13:30), Joanesburgo.
Japão - Camarões, 14 junho (16:00), Mangaung/Bloemfontein.
- 2.ª jornada:
Holanda - Japão, 19 junho (13:30), Durban.
Camarões - Dinamarca, 19 junho (20:30), Tshwane/Pretória.
- 3.ª jornada:
Dinamarca - Japão, 24 junho (20:30), Rustenburg.
Camarões - Holanda, 24 junho (20:30), Cidade do Cabo.
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