A imprensa sul-coreana culpou o Irão pelas cenas ocorridas após o jogo de qualificação para o Mundial2014 de futebol, que deu o apuramento à seleção iraniana, acusando o treinador Carlos Queiroz de ter dirigido um gesto obsceno ao homólogo sul-coreano.
Um jornal sul-coreano diz que os jogadores iranianos incitaram o público com celebrações selvagens após a vitória de terça-feira, por 1-0, em Ulsan, num jogo marcado pelas palavras tensas entre os dois selecionadores, Queiroz e Choi Kang-Hee, nas conferências de imprensa que o antecederam.
Centenas de adeptos lançaram para o campo garrafas de plástico e latas de bebidas enquanto os jogadores iranianos corriam com a bandeira nacional pelo relvado para celebrar a vitória com os seus adeptos.
Um dirigente da Associação Coreana de Futebol disse que «Queiroz fez um gesto obsceno a Choi Kang-Hee depois de a sua equipa ganhar por 1-0 em Ulsan».
Este dirigente admitiu que «alguns jogadores da Coreia do Sul que viram o gesto tiveram de ser impedidos pela equipa técnica de se dirigirem ao banco do Irão» e que «um supervisor da FIFA também viu o incidente e talvez denuncie».
O português Carlos Queiroz, que já treinou a seleção de Portugal e o Real Madrid, não fez nenhum comentário sobre este acontecimento, depois de um jogo decisivo para as duas equipas, que, apesar da vitória iraniana, garantiram ambas o apuramento para o Brasil.
Enquanto centenas de adeptos iranianos festejaram nas ruas de Teerão a vitória, muitos adeptos sul-coreanos disseram sentir-se envergonhados pelo comportamento da multidão.
«Quando a vitória deles ficou selada, os iranianos que estavam no banco correram até ao banco sul-coreano, com os dedos no ar e a fazer gestos obscenos», revela o Sports Chosun.
A história entre as duas equipas deu motivação aos adeptos do Irão, que falhou o Mundial2010 na África do Sul, depois de terminar a fase de qualificação atrás da Coreia do Sul e da Coreia do Norte.
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