A cidade de Porto Alegre, no sul do Brasil, vai reforçar a segurança para o jogo do Mundial2014 entre Argentina e Nigéria, na quarta-feira, preparando-se para responder à “invasão” de mais de 100 mil argentinos.
Se para o jogo de estreia da Argentina, no Rio de Janeiro, há dez dias, milhares de adeptos viajaram carro, durante três dias, para em Porto Alegre, cidade brasileira a cerca de 1.300 quilómetros de distância de Buenos Aires, a movimentação esperada é muito maior.
A previsão oficial é de que 80 mil a 120 mil adeptos argentinos passem pela capital do Rio Grande do Sul, com destaque para grupos que viajam em veículos particulares e não possuem bilhetes para o estádio, mas pretendem ao menos "sentir" o ambiente do campeonato "de perto".
Desde o fim de semana, o azul e branco da seleção argentina predominam nas ruas de Porto Alegre, bem como o idioma espanhol e as tradicionais provocações aos brasileiros, históricos rivais no futebol.
Muitos chegam mesmo sem hotel marcado e dormem nos seus próprios veículos, estacionando ou acampando em parques da cidade. Os responsáveis da
cidade já disponibilizaram um novo parque de campismo e preparam outro local de concentração de adeptos, além da Fan Fest que ali já existia.
A chegada de um grande número de adeptos sem ingressos é preocupante, sobretudo após um grupo de chilenos ter invadido o no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, na semana passada.
O ministro da Justiça brasileiro, José Eduardo Cardozo, bem como autoridades da Polícia Federal brasileira e dirigentes da FIFA deverão reunir-se ainda hoje em Porto Alegre para acompanhar a montagem do esquema de segurança no estádio do Beira-Rio.
Na avaliação dos responsáveis pela segurança, o jogo Argentina-Nigéria, da terceira jornada do Grupo F, é tido como o de maior risco desde o início do Mundial.
O governo argentino forneceu ao Brasil uma lista com 2.200 adeptos com historial de envolvimento em atos de violência durante jogos. A maioria faz parte de "barras bravas", como são conhecidas as claques ultra argentinas, e estão proibidos de entrar nos estádios dentro da própria Argentina.
Desde o início do campeonato, cuja abertura ocorreu a 12 de junho, em São Paulo, o Brasil já barrou 32 adeptos argentinos cujos nomes constavam na lista em questão.
A partida em si deverá ocorrer sem grandes surpresas, tendo em vista que a Argentina já se qualificou para a próxima fase.
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