O Kremlim já respondeu à deputada russa depois das declarações da mesma sobre as mulheres russas e os relacionamentos com homens estrangeiros: “No que diz respeito às mulheres russas, elas decidirão por si mesmas como comportar-se com os adeptos que estão no país;, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O porta-voz do Kremlim rejeitou ainda as acusações de que a Rússia é um país racista.
“Todos os países trocam acusações de racismo e de homofobia. Estas acusações não
têm nada a ver com o Campeonato do Mundo. Ontem, Putin destacou que o futebol
está, e permanecerá, fora da política", acrescentou Peskov.

A resposta do Kremlim vem no seguimento das declarações de Tamara Pletnyova que
em entrevista a uma estação de rádio russa afirmou que as mulheres russas não
deveriam ter relações sexuais com homens estrangeiros para não se tornarem mães
solteiras.

“Uma coisa é envolver-se com pessoas da mesma raça, outra coisa é envolver-se com
pessoas de outras raças. Não sou nacionalista, mas sei que essas crianças sofrem. São
abandonadas e acabam por ficar aqui só com a mãe”, afirmou Tamara. “Devemos dar à
luz os nossos filhos. As crianças multirraciais sofrem e têm sofrido desde a era
soviética”, acrescentou a deputada.

Segundo Pletnyova, o Mundial na Rússia pode provocar um novo ‘boom’ de mães
solteiras como, segunda a própria, aconteceu depois dos Jogos Olímpicos de Moscovo
em 1980.

Tamara Pletnyova tem 70 anos e está à frente do Comité da Duma – câmara de
deputados russos - para a Família, as Mulheres e a Infância.