O futebol está longe de ser uma ciência exacta. Depois de confirmada a ausência de Michael Essien deste Mundial, por lesão, Asamoah Gyan assumiu o papel de patrão da promissora selecção africana e foi mesmo decisivo para a qualificação para os oitavos-de-final.

Com dois golos de pénalti até ao jogo do “mata-mata” frente ao Uruguai, Gyan haveria de ver os deuses atraiçoar-lhe o destino: o pénalti assinalado por Olegário Benquerença, à beira do fim do prolongamento, parecia que ia colocar o Gana na História como a primeira equipa africana a chegar às 'meias'.

Mas se até aí o avançado do Rennes tinha marcado com sucesso todas as oportunidades que tivera a partir da linha dos onze metros, naquela noite o mesmo não aconteceu. Desolado, observou impotente o jogo arrastar-se para os pénaltis.

Gyan ainda converteu o “seu” pénalti, mas o Gana viria a perder na lotaria em que o seu número 3 chegou a ter o bilhete premiado.

Um prémio injusto para um jogador que foi a imagem de luta e arte da sua selecção, mas que, inevitavelmente, será recordado como o jogador que falhou o pénalti decisivo ao minuto 120.

Mais uma vez se notou a falta de experiência das equipas africanas neste nível de competição. Mas o sinal deixado neste Mundial 2010 foi muito positivo.