O selecionador de Marrocos, o francês Hervé Renard, disse hoje que é “uma injustiça total” a equipa já estar eliminada no grupo B do Mundial2018, após derrotas por 1-0 com Irão e Portugal.

Em conferência de imprensa, o técnico referiu o jogo com a formação lusa em particular, na segunda jornada, apontando o dedo a decisões de arbitragem que considerou terem aumentado o sentimento de “injustiça” na partida, como uma falta de Pepe na jogada que vai dar ao golo de Cristiano Ronaldo ou uma mão na área, cometida pelo mesmo defesa.

Sobre o jogo de segunda-feira com a Espanha, no encerramento do grupo B, Renard perspetivou um “jogo difícil” na qual pretende “salvar a honra” da formação africana.

“É um rival de enorme qualidade. Vai ser um jogo difícil para nós, sobretudo pela situação em que estamos, e vou dizê-lo claramente: para nós, é uma injustiça estarmos eliminados antes do terceiro jogo, mas há que aceitar a realidade, centrarmo-nos no encontro e salvar a honra, porque é a única coisa que podemos fazer”, atirou.

Com um grupo “ainda novo, que se fez pouco a pouco, não num estalar de dedos”, o francês destacou o “empenho impressionante” da sua seleção, que “não veio à Rússia para sair na fase de grupos” e demonstrou-o com o futebol jogado.

“O mais difícil é jogar este encontro e saber que imediatamente a seguir temos de fazer as malas. Quando não se esteve à altura, é mais fácil aceitar a eliminação”, disse.

Apesar de tudo, pretende jogar com Espanha como se fosse “qualquer outro encontro” e “complicar a vida a Espanha e dar orgulho ao povo marroquino”.

“Estiveram 40 mil marroquinos no estádio em Moscovo [frente a Portugal]. Durante o hino foi excecional. Quero agradecer a todos, fizeram-nos jogar ainda melhor. Amanhã [segunda-feira], tenho a certeza que estarão muitos no estádio, a quem agradeço de coração”, acrescentou.

Marrocos e Espanha defrontam-se pelas 19:00 de Lisboa na terceira jornada do grupo B, em que Portugal jogará contra o Irão, sendo que portugueses e espanhóis lideram a ‘poule’ com quatro pontos, os iranianos, orientados por Carlos Queiroz, têm três e os marroquinos não pontuaram.