Portugal tem na visita à Bélgica, no sábado, o exame mais rigoroso ao seu potencial para o Mundial2018 de futebol, frente a um adversário considerado com potencial a poder surpreender na Rússia.

O terceiro do 'ranking' FIFA, um lugar à frente de Portugal e apenas atrás da líder Alemanha, campeã do mundo, e da Argentina, tem uma equipa sólida e com valores firmes no contexto internacional.

Liverpool, Manchester United, Manchester City, Chelsea, Tottenham, FC Barcelona, Paris Saint-Germain, Roma, Mónaco e Borussia Dortmund são alguns dos clubes nos quais evoluem algumas das principais referências do futebol belga.

A atestar a qualidade da Bélgica, seleção na qual se destacam estrelas como Hazard, Lukaku, Kompany, Carrasco, De Bruyne, Mertens ou Mignolet, é preciso recuar até 01 setembro de 2016 para encontrar o seu último desaire, 2-0 em jogo particular caseiro com a Espanha: depois disso, 12 vitórias e quatro empates.

Portugal começou a qualificação para o Mundial a perder na Suíça, mas posteriormente ganhou todos os jogos: garantida a presença na Rússia, Fernando Santos promoveu cinco ‘amigáveis’, dos quais só venceu dois, empatou outros tantos e perdeu 3-0 com a Holanda.

Em novembro, em casa, 3-0 à Arábia Saudita e 1-1 com os Estados Unidos, em março, na Suíça, 2-1 ao Egito, com dois golos de Cristiano Ronaldo já nos descontos, e a derrota com a ‘laranja mecânica’, seguindo-se empate 2-2 segunda-feira com a Tunísia, em Braga.

Destes testes foi possível perceber alguma fragilidade da defesa portuguesa, até ao momento a maior dor de cabeça assumida por Fernando Santos, que no sábado já vai ter todo o grupo à disposição, excetuando Cristiano Ronaldo, a gozar uns dias de descanso após o seu quinto título na Liga dos Campeões.

“Não estou nada satisfeito com o empate. Estou com a atitude, a entrega e muitas coisas que fizeram, mas o futebol não se resume à parte ofensiva. Temos de ser fortes nos dois aspetos, também no defensivo. Sempre digo zero golos na minha baliza e um ou mais na do adversário. Fizemos dois e não conseguimos ganhar. Isso não é bom”, lamentou Fernando Santos, que também não pode contar com os sportinguistas Rui Patrício, Bruno Fernandes e Gelson.

No lote de 23 selecionados há 10 novidades em relação ao conjunto campeão da Europa em 2016 em França, sendo que ante a Tunísia, 14.ª seleção do ranking FIFA, Portugal alinhou de início com cinco titulares no histórico desafio do Parque dos Príncipes: os defesas Pepe e Raphael Guerreiro e os médios William Carvalho, Adrien Silva e João Mário.

Após defrontar a Bélgica, Portugal tem ainda um derradeiro teste, no dia 07 no Estádio da Luz frente à Argélia, que falhou o apuramento, enquanto a Bélgica recebe o Egito em 06 de junho e no dia 11 joga com a Costa Rica.

Portugal estreia-se na ‘poule’ B do Mundial em 15 de junho com a Espanha, em Sochi, seguindo-se no dia 20 encontro com Marrocos em Moscovo e em 25 de junho com o Irão de Carlos Queiroz, em Saransk.

A Bélgica joga com o Panamá no dia 18, com a Tunísia em 23 e com a Inglaterra em 28.

Em Mundiais, Portugal tem como melhor desempenho a terceira posição em 1966 e a quarta em 2006, já a Bélgica foi quarta em 1986.