Carlos Queiroz, selecionador de futebol do Irão, elogiou hoje a Espanha, seu próximo adversário no Mundial2018, afirmando que a equipa que orienta "não tem super-homens", ao contrário da seleção treinada por Fernando Hierro.
"Temos sim uma rara capacidade de sacrifício e trabalho", assegurou hoje em Kazan o treinador português, na conferência de imprensa do Irão-Espanha, da segunda jornada do grupo B do Mundial a decorrer na Rússia, também composto por Portugal e Marrocos.
Queiroz diz que estar na Rússia "é um privilégio, uma verdadeira honra", por poder jogar com equipas como a Espanha: "Defrontar a Espanha, um dos mais sérios candidatos, a ganhar, é uma oportunidade única. A minha equipa está muito entusiasmada e feliz por estar frente a frente com esta seleção".
"Temos a responsabilidade de lutar. Pela honestidade, dignidade e integridade do futebol e dos adeptos iranianos. A obrigação do Irão é tentar pregar uma partida à Espanha, uma equipa com um estilo muito difícil de enfrentar. Temos de jogar com atitude positiva e ter esperanças de ganhar", acrescentou.
Na conferência de imprensa na Arena Kazan, Queiroz apelou à "capacidade de sacrifício e concentração" dos iranianos e assegurou que a sua equipa "cresce" face às adversidades.
"Não temos super-homens, como tem a Espanha, mas sim uma rara capacidade de sacrifício, trabalho e concentração. Quanto mais dificuldades temos, entramos com mais vontade em campo. Encararemos o duelo com atitude de querer ganhar. E há uma coisa que temos clara: o rendimento da partida anterior não conta, nem a fama de Espanha", disse ainda o técnico português.
Por outro lado, Queiroz elogiou Fernando Hierro, nomeado dois dias antes do primeiro jogo, considerando que ele é ideal para "unir uma Espanha fraturada: "Tenho muita admiração por ele, sei que é uma situação difícil, mas conheço-o bem e sei as qualidades que tem".
O treinador luso espera que a sua seleção "melhore" com a experiência de jogar com a Espanha, o segundo adversário no caminho do Irão, depois do já derrotado Marrocos (1-0) e antes de Portugal.
"Oxalá existisse uma fórmula mágica para parar Espanha... mas não existe. Não nos podemos centrar no que eles vão fazer, cada jogo é diferente, é quase uma lotaria, pode-se ganhar à melhor equipa do mundo num bom dia. Respeitamos e admiramos a Espanha, mas não temos nada a perder, a responsabilidade é deles", prosseguiu.
Queiroz admite que a Espanha poderá controlar o jogo, do ponto de vista técnico - "mas não vai controlar as nossas ideias a nossa atitude, a vontade de lutar... e os deuses do futebol que decidam".
Irão e Espanha jogam na Arena Kazan a partir das 19:00 de quarta-feira, na segunda jornada do grupo B do Mundial. Quando entrarem em campo, já será conhecido o resultado do jogo entre Portugal e Marrocos (estádio Luzhniki em Moscovo, às 13:00).
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