
André Villas-Boas, presidente do FC Porto e testemunha da Operação Pretoriano, não voltará a depor no âmbito do processo, anunciou hoje a presidente do coletivo de juízes, contrariando o pedido da defesa do arguido Fernando Saul.
No término da 10.ª sessão do julgamento, no Tribunal de São João Novo, no Porto, a juíza Ana Dias Costa considerou a presença do dirigente portista "não necessária" para que fossem prestados os devidos esclarecimentos.
O requerimento havia surgido com a finalidade de confrontar Villas-Boas com um vídeo que foi junto aos autos, em que este, alegadamente, instruía sócios a passarem cartões de sócio, caso não pudessem dirigir-se às urnas, para votar nas eleições em que acabou por suceder a Pinto da Costa.
As audiências, que retomaram hoje após um interregno de três semanas, por baixa médica de um dos juízes-adjuntos, continuam na terça-feira.
Os 12 arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões Fernando Madureira, começaram em 17 de março a responder por 31 crimes no Tribunal de São João Novo, no Porto, sob forte aparato policial nas imediações.
Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, em torno de uma AG do FC Porto, em novembro de 2023.
Entre a dúzia de arguidos, Fernando Madureira é o único em prisão preventiva, a medida de coação mais forte, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases.
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