O Brasil prosseguiu na quinta-feira o seu trajeto 100% vitorioso na zona sul-americana de apuramento para o Mundial de 2022, fugindo ainda mais na liderança, face aos empates dos perseguidores diretos.
A formação comandada por Tite, órfã do castigado Neymar, somou o nono triunfo, em nove jogos, ao vencer na Venezuela por 3-1, mas com dificuldades, sendo que a 20 minutos do fim ainda perdia, culpa de um golo de Eric Ramírez, apontado logo aos 11.
Os brasileiros chegaram ao empate apenas aos 70 minutos, num cabeceamento imparável do central Marquinhos, na sequência de um canto marcado na esquerda por Raphinha, ex-jogador de Vitória de Guimarães e Sporting, que se estreou no ‘escrete’.
Na parte final, a ‘canarinha’ deu a volta, com um penálti do ex-benfiquista Gabriel Barbosa, aos 85 minutos, para o seu quarto golo na seleção, em 15 jogos, e um tento do suplente e também estreante Antony, jogador do Ajax, aos 90+6.
Na formação brasileira, o central Lucas Veríssimo, do Benfica, não saiu do banco, enquanto, nos venezuelanos, o também central Ferraresi, jogador do Estoril Praia, atuou os 90 minutos.
Com este resultado, o Brasil, única seleção que esteve presente em todos os Mundiais, desde 1930, passou a somar 27 pontos, mais oito do que a Argentina, que se ficou por um ‘nulo’ no Paraguai, que já tinha empatado em solo argentino (1-1).
A formação ‘albi-celeste’, liderada pelo ‘capitão’ Lionel Messi e com o benfiquista Otamendi no centro da defesa, entrou muito bem nas duas partes, mas teve eficácia zero, nomeadamente Joaquín Correa, que perdeu três claras ocasiões.
Os anfitriões, que dominaram menos tempo, também tiveram boas oportunidades para marcar, nomeadamente na segunda parte, mas não foram eficazes, permanecendo no sexto lugar, com 12 pontos.
Os argentinos, que seguem com menos um jogo – tal como os brasileiros -, continuam com três pontos à maior sobre o terceiro colocado, agora o Equador, que trepou um lugar, para terceiro, ao vencer por 3-0 na receção à Bolívia.
Os equatorianos decidiram o encontro muito cedo, com três golos de ‘rajada’, em cinco minutos, um de Michael Estrada, aos 14, e dois do ‘capitão’ Enner Valencia, aos 17 e 19.
O Equador (16 pontos e 19-11 em golos) ultrapassou o Uruguai (16 e 13-10) e destacou-se da Colômbia (14), que caiu para o quinto lugar, de ‘play-off’ – só os quatro primeiros valem o apuramento direto -, depois do empate entre os dois conjuntos em Montevideu.
Luis Suárez, que saiu ao intervalo - altura em que entrou o benfiquista Darwin Núñez, tal como Edinson Cavani -, falhou uma escandalosa ocasião na primeira parte, enquanto Zapata teve a maior perdida na segunda, após assistência de Luis Díaz.
O portista atuou os 90 minutos, num ‘onze’ colombiano em que também esteve o companheiro de equipa Uribe (saiu aos 58, após ver o cartão amarelo, aos 50), enquanto o central sportinguista Coates foi suplente não utilizado nos uruguaios.
No outro encontro da 11.ª ronda, o Peru venceu em casa o Chile por 2-0, com tentos de Christian Cueva, aos 35 minutos, e Sergio Peña, aos 63, mantendo-se na corrida ao apuramento, ao ficar a um ponto do Paraguai, sexto, e três da Colômbia, quinta.
Por seu lado, o Chile, campeão sul-americano em 2015 e 2016, antes da vitória Argentina de 2021, manteve-se no oitavo posto, com apenas sete pontos. Atrás, seguem apenas a Bolívia, com seis pontos, e a Venezuela, com quatro.
A zona sul-americana volta a ter jogos no domingo - dia marcado para a realização da quinta jornada, que estava em atraso -, merecendo destaque a receção da Colômbia ao Brasil e a receção da Argentina ao Uruguai.
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