Cada detalhe da preparação norte coreana foi estudado ao mais ínfimo pormenor e o trajecto de cerca de 20 quilómetros entre o hotel em Midrand e o local de treinos em Tembisa apresenta um cenário que desencoraja qualquer candidato a desertor.
Qualquer que seja o caminho escolhido, é difícil não esbarrar com cenários de pobreza, sujidade, exclusão social, tudo o que mais deve assustar quem esteja determinado a mudar de vida.
Para que nada falte ao objectivo das autoridades norte-coreanas, o Makhulong Stadium, com capacidade para cerca de 20 000 espectadores, foi “plantado” numa desorganizada zona urbana pouco recomendável, com velhas sucatas em redor, barracas e sem abrigo.
Todo o estádio está envolto num muro de vários metros, mas, mesmo assim, uma camada de rolo de arame farpado protege a inacabada infra-estrutura de eventuais assaltantes.
A vida da comitiva tem andado entre o hotel, devidamente protegido contra curiosos, e um campo de treinos que faz com que o Potrea Midrand Hotel seja o local mais desejado e seguro do planeta.
Kim Jong-il, o “querido líder” que impede os norte coreanos de terem contacto com o exterior, tem motivos para estar moderadamente sossegado, mas não totalmente.
Quinta-feira foi noticiada a deserção de quatro futebolistas da Coreia do Norte, mas hoje a FIFA garantiu que tudo não passou de uma confusão técnica relacionada com o ficha de jogo com o Brasil, que só incluiu 19 nomes e não os habituais 23.
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