A terceira jornada fechou as contas dos grupos e definiu quem continua no Rússia 2018 e quem vai para casa mais cedo. Nesta ronda, como é normal, muitas das formações já apuradas (e algumas das eliminadas) aproveitaram para fazer rodar as suas equipas, lançando alguns jogadores menos utilizados. Por isso mesmo, o nosso “onze” da terceira jornada apresenta alguns nomes menos sonantes, salvo algumas exceções.
O que salta imediatamente à vista é o facto de não haver nenhuma seleção com mais do que um jogador neste nosso 'onze'. E há algumas equipas aqui presentes que poucos esperariam, como Coreia do Sul, Tunísia ou Arábia Saudita. Mas os 'GoalPoint Ratings' não olham a cor ou nacionalidades, apenas ao desempenho, e estas seleções aproveitaram a última jornada para deixar uma imagem mais positiva da sua passagem pela Rússia.
Os craques que mais brilharam na 3.ª ronda
J. Hyeon-Woo (Coreia do Sul) 7.7 – O 'De Gea coreano', como é chamado, surgiu no Mundial como provável terceira escolha. Surpreendeu, ao ser titular, mas mostrou qualidade acima da média, agilidade, reflexos e uma energia rara. O guardião realizou três jogos de grande nível, especialmente o último contra a Alemanha, contra a qual realizou seis defesas, algumas espetaculares, segurando a 'folha limpa' numa vitória histórica na despedida.
Djibril Sidibé (França) 6.7 – O último jogo de França, com a Dinamarca, foi tudo menos interessante. O lateral-direito foi mesmo o melhor em campo, em especial pelos três passes para finalização, 112 ações com bola e três duelos aéreos defensivos ganhos.
Thiago Silva (Brasil) 7.9 – O Brasil vai, aos poucos, subindo de produção, com o triunfo por 2-0 sobre a Sérvia a demonstrá-lo inequivocamente. Thiago Silva foi fundamental nos dois extremos do terreno. Pouco antes de marcar o segundo da 'canarinha', evitou um golo quase feito de Mitrovic e terminou a partida com 11 ações defensivas e oito recuperações de posse.
Yerri Mina (Colômbia) 7.3 – Uma das surpresas deste Mundial, menos para nós, que o elegemos como aposta na seleção colombiana para o torneio. O possante defesa-central, que na época finda jogou (mas pouco) no Barcelona, já marcou dois golos neste Mundial, e ante o Senegal foi o melhor em campo. Para além dos 91% de eficácia de passe, Mina ganhou seis de sete duelos aéreos defensivos e registou sete alívios.
Oussama Haddadi (Tunísia) 6.8 – A Tunísia ganhou o seu jogo de despedida do Mundial, após ter estado a perder, e o lateral-esquerdo Haddadi esteve bem a atacar e a defender. Na frente registou uma assistência para golo e criou duas ocasiões flagrantes, em três passes para finalização, teve sucesso em dois de três cruzamentos e ainda registou oito ações defensivas.
Milan Badelj (Croácia) 7.7 – A Croácia continua a deslumbrar neste Mundial, passeando classe do Grupo D. Já apurada, a equipa não deu hipóteses à Islândia e voltou a ganhar, com Badelj a brilhar a grande altura. O médio fez um golo, uma assistência, acertou 91% dos seus passes, três de cinco dribles e realizou dois passes para finalização e somou 12 ações defensivas.
Al-Faraj (Arábia Saudita) 8.1 – A honra da Arábia Saudita foi salva na derradeira jornada do Grupo A, com a vitória por 2-1 sobre o Egipto. Al-Faraj foi o melhor da partida, registando um golo em três remates, seis passes para finalização, 126 ações com bola, três dribles eficazes em sete tentativas e 13 recuperações de posse
Lionel Messi (Argentina) 7.9 – A Argentina teima em não mostrar um futebol consistente, mas Messi consegue estar, claramente, acima dos seus colegas de equipa. Na vitória sobre a Nigéria, o craque do Barcelona foi a 'cola' de uma equipa à procura da sua identidade, com um golo marcado, uma bola nos ferros africanos, uma ocasião flagrante criada e sete dribles eficazes em nove tentativas.
Isco (Espanha) 9.9 – O espanhol esteve perto da nota perfeita. Muito perto. Frente a Marrocos, nuestros hermanos não foram além de um empate 2-2, mas Isco mostrou um manancial de recursos incrível: um golo, uma ocasião flagrante criada em seis passes para finalização, 90 passes certos em 98, 128 ações com bola e quatro dribles eficazes em quatro tentados. Quase que entregávamos uma PS4 Pro mas estamos certos que sairá e Isco é homem para a definir, mantendo este nível.
Joel Campbell (Costa Rica) 8.8 – O avançado que já passou pelo Sporting gosta de se mostrar em Mundiais, e voltou a fazê-lo na Rússia, apesar da eliminação na fase de grupos. No empate 2-2 ante a Suíça, Campbell registou uma assistência em quatro passes para finalização e completou seis de dez dribles.
Edinson Cavani (Uruguai) 7.4 – Portugal vai ter pela frente o melhor ponta-de-lança da terceira jornada. Edinson Cavani foi o melhor na vitória sul-americana por 3-0 sobre a anfitriã Rússia, com um golo em quatro remates, dois dribles completos e ainda recuperou quatro vezes a posse.
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