Os jogos do Mundial de Futebol vão ser transmitidos em direto em ecrã gigante no Estádio Nacional 24 de Setembro, em Bissau, e projetados noutros 12 locais do território guineense, anunciou hoje o representante da ONU na Guiné-Bissau.
Todos os espaços têm entrada gratuita e no estádio da capital a segurança será garantida por uma centena de efetivos da Polícia de Ordem Pública, referiu José Ramos-Horta, dinamizador da iniciativa.
A transmissão vai ser feita desde a cerimónia de abertura, às 16h00 de quarta-feira, até ao encerramento, a 13 de julho, após a final, às 20h00, "compreendendo 64 jogos, num total de 202 horas", anuncia a ONU, numa organização que envolve ainda o Estado, o Grupo Interparlamentar do Parlamento Britânico para a Guiné-Bissau e patrocinadores privados.
Segundo as estimativas, são esperadas até 15 mil pessoas por dia para assistir aos jogos no Estádio 24 de Setembro, 20 mil se forem contabilizados os outros locais de projeção.
"Estão previstas as retransmissões no período da tarde, com luz solar, bem como em situação de intempérie, sempre com início meia hora antes de cada jogo e termo 30 minutos depois do apito final", acrescenta.
"É bom que a animação continue", referiu Rui de Barros, primeiro-ministro de transição, na conferência de imprensa de apresentação da iniciativa, numa alusão ao clima de festa que se vive no país desde as campanhas eleitorais de abril e maio.
O comissário geral da Polícia de Ordem Pública guineense, Armando Nhaga, garantiu que a segurança no estádio será feita "ao mais alto nível" e deixou um aviso: bebidas alcoólicas, só fora do recinto.
O representante da ONU disse que já começou a rezar para que Portugal seja campeão.
"Primeiro, sem ofensa a ninguém, Portugal", depois, "falhando, peço a Deus que dê essa oportunidade ao Brasil", senão, a uma "equipa africana".
"Normalmente, Deus ouve as minhas orações", concluiu José Ramos-Horta.
Para além do Estádio 24 de Setembro, os jogos serão captados diretamente via satélite e projetados noutros três locais de Bissau e ainda em Mansoa, Quinhamel, Cacheu, Bafatá, Bambadinca, São Domingos, Gabú, Catió e Bubaque, com a mobilização dos escritórios regionais do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).
Comentários