Um 'bis' de Cristiano Ronaldo permitiu hoje a Portugal dar a volta ao resultado e vencer a República da Irlanda por 2-1, em jogo da quarta jornada do Grupo A europeu de apuramento para o Mundial2022, disputado no estádio Algarve.
A equipa portuguesa chegou ao intervalo em desvantagem, depois de Egan ter adiantado os irlandeses, aos 45 minutos, numa primeira parte em que Portugal dispôs de uma ocasião clara para se adiantar, quando o árbitro assinalou uma grande penalidade, mas Cristiano Ronaldo falhou na conversão, aos 15 minutos.
Numa altura em que a derrota parecia inevitável, surgiu Cristiano Ronaldo, que, aos 89 e 90+6, anotou os golos que ditaram o triunfo luso.
Com esta vitória, Portugal destaca-se na liderança do grupo, com 10 pontos, mais três do que a Sérvia, que hoje não jogou, enquanto o Luxemburgo que venceu 2-1 o Azerbaijão, é terceiro, com seis, seguindo-se a Irlanda e o Azerbaijão, sem qualquer ponto.
A equipa das quinas entrou em campo com Rui Patrício na baliza, atrás de uma defesa composta por João Cancelo, Rúben Dias, Pepe e Raphael Guerreiro, enquanto o meio-campo ficou entregue a João Palhinha, Bruno Fernandes e Bernardo Silva. Cristiano Ronaldo, Diogo Jota e Rafa foram os homens da frente.
Aos 11 minutos, Bruno Fernandes roubou a bola e acabou derrubado por Hendrick. O árbitro foi ver o lance e assinalou grande penalidade. Chamado à conversão, Ronaldo atirou para o lado esquerdo, mas Bazunu lançou-se bem e evitou o golo português. O capitão da equipa das quinas perdia, assim, a primeira oportunidade de se isolar como melhor marcador de sempre em jogos de seleções.
Aos 28' nova grande oportunidade para a formação lusa, desta vez com Diogo Jota a acertar no ferro, após bom cruzamento de Cancelo.
A República da Irlanda tentava atacar a profundidade, mas foi num lance de bola parada que acabou por chegar à vantagem, já perto do intervalo: canto batido por Jamie McGrath e John Egan (45') a aparecer ao primeiro poste a cabecear para o fundo das redes.
Portugal ainda podia ter feito o empate antes do descanso, com Diogo Jota a rematar para uma defesa a dois tempos de Gavin Bazuru, e logo a seguir a atirar cruzado, em vólei, mas ao lado da baliza.
Fernando Santos não perdeu tempo e lançou André Silva para o segundo tempo (saiu Rafa), com a equipa agora a jogar em 4x4x2. No entanto, não havia forma de Portugal chegar ao golo.
Aos 55' Bruno Fernandes rematou com perigo, de fora da área, mas a bola saiu ligeiramente ao lado. Mas a melhor oportunidade seria de Bernardo Silva, que aos 74' apareceu solto ao segundo poste, tirou Doherty do caminho, mas depois rematou por cima na cara do golo.
Portugal nunca deixou de procurar o golo e acabou por chegar ao empate já perto dos 90: cruzamento de Gonçalo Guedes, que havia entrado para o lugar de Cancelo, e Ronaldo a saltar mais alto e a cabecear para o fundo das redes. O avançado português tinha os mesmos 109 golos do iraniano Ali Daei e hoje, frente à Irlanda, chegou ao 110.º pela equipa das quinas, torna-se o melhor marcador de sempre da história das seleções.
Numa reta final imprópria para cardíacos, o capitão não se deu por satisfeito e, com mais um cabeceamento certeiro, fez a reviravolta para Portugal, já em cima do apito final. Incrível!
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