Carlos Queiroz deu hoje uma prova da sua ambição para o Mundial e está confiante no apuramento para os quartos-de-final, superando amanhã a campeã da Europa, Espanha, no estádio Green Point, na Cidade do Cabo.
"Temos de correr riscos e os nossos limites terão de estar sempre um pouco mais à frente do adversário, se queremos ganhar o jogo. São uns oitavos-de-final e será muito difícil para ambas as equipas. Antevejo um grande espectáculo", afirmou o seleccionador de Portugal em conferência de imprensa, recorrendo ainda ao jejum de títulos de Ronaldo no Real Madrid para reforçar a sua esperança: "Não estou de acordo que tenha acabado a época sem títulos, a temporada não terminou."
O treinador português não negou que este duelo com Espanha tem um cariz diferente pela rivalidade entre as duas nações ibéricas. "Um Portugal-Espanha é sempre um petisco especial, como o Argentina-Brasil ou o Inglaterra-Alemanha. São menus que não aparecem todos os dias", admitiu.
A possibilidade de o jogo ir a penáltis mereceu ainda uma garantia do técnico, que disse que a equipa "está preparada para isso", e desvalorizou o alegado favoritismo espanhol. "A reputação e as estatísticas não ganham jogos. A capacidade da equipa é que dita quem ganha e a ambição tem de ser maior. Temos de tentar ser o maior Portugal de sempre", atirou o seleccionador.
Sobre as dúvidas que pairam sobre a equipa - Danny, Duda e Ruben Amorim -, Queiroz só descartou o jogador do Benfica para o jogo de amanhã. "Está definitivamente posta de lado a utilização de Ruben Amorim. Como foi anunciado, temos ainda mais dois jogadores que temos esperança que possam recuperar, mas ainda têm algumas limitações", reconheceu.
Sobre o facto de regressar à Cidade do Cabo, onde a selecção somou a sua única vitória neste Mundial, Carlos Queiroz foi taxativo: "Esta é a nossa casa".
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