Cristiano Ronaldo tornou-se esta quinta-feira o primeiro jogador da seleção portuguesa de futebol a marcar em três edições do Mundial, ao apontar o tento da insuficiente vitória sobre o Gana (2-1), no adeus ao Brasil.

Num embate em que teve uma “mão cheia” de oportunidades, o “capitão” da formação das “quinas” aproveitou uma, aos 80 minutos, repetindo o que tinha conseguido em 2006, na Alemanha, e em 2010, na África do Sul.

O internacional luso havia marcado um tento ao Irão, de grande penalidade, no triunfo por 2-0 na segunda ronda da fase de grupos de 2006, e outro à Coreia do Norte, o sexto, na goleada por 7-0, também na segunda jornada.

Com o tento de hoje, o “capitão” luso também “arredondou” para 50 o número de tentos na seleção “AA”, em 114 jogos, reforçando o estatuto de melhor marcador. Pauleta é segundo, com 47, e o “rei” Eusébio o terceiro, com 41.

Ao 13.º jogo em Mundiais, um recorde – soma mais dois do que Simão -, Cristiano Ronaldo passa, assim, a contabilizar três golos, ascendendo ao quinto lugar do “ranking”, igualando os “magriços” José Augusto e José Torres.

Na frente, destacadíssimo, continua o “rei” Eusébio da Silva Ferreira, que apenas esteve no Mundial de 1966 e foi o melhor marcador da edição realizada em Inglaterra, com nove golos, em apenas seis jogos.

O segundo da lista é Pauleta, que marcou quatro golos, três em 2002, na goleada por 4-0 à Polónia, e um em 2006, na estreia, frente a Angola (1-0).

No encontro de hoje, e além de Cristiano Ronaldo, marcou por Portugal o ganês John Boye, aos 31 minutos, apontando o terceiro tento na própria baliza favorável à formação das “quinas”, depois de um do búlgaro Ivan Kutsov (1966) e outro do norte-americano Jeff Agoos (2002).

Após o “zero” com a Alemanha, na estreia, Portugal também havia apontado dois tentos face aos Estados Unidos, com Nani a selar o 40.º e Silvestre Varela o 41.º, que, aos 90+5 minutos, evitou a prematura eliminação da equipa das “quinas”.

O jogador do Manchester United apontou o seu 15.º tento na seleção “AA”, ao 77.º jogo, enquanto o portista marcou o quinto, ao 25.º, ele que já havia salvado Portugal ao segundo jogo do Euro2012, com o golo da vitória sobre a Dinamarca (3-2), então aos 87 minutos.

Os derradeiros tentos tinham acontecido a 21 de junho de 2010, na maior goleada de sempre de Portugal numa fase final, os 7-0 à Coreia do Norte, na Cidade do Cabo.

Os extremos Simão e Cristiano Ronaldo igualaram Pauleta, que era, até então, o único jogador luso que havia marcado em diferentes Mundiais. Em 2006, Simão marcara ao México (2-1) e Ronaldo ao Irão (2-0), ambos de grande penalidade.

Por seu lado, Tiago registou o terceiro “bis” de um jogador luso, depois dos conseguidos em 1966 por José Augusto (face à Hungria) e Eusébio (Brasil).

Melhor fizeram Pauleta, que conseguiu um “hat-trick” face à Polónia (4-0, em 2002), e o “rei” Eusébio, autor de quatro golos em outro célebre encontro com a

Coreia do Norte (5-3, após 0-3, em 1996, nos quartos de final).

Raul Meireles, Hugo Almeida e o luso-brasileiro Liedson apontaram, então, os outros tentos lusos.