O português Cristiano Ronaldo e o argentino Lionel Messi, as duas figuras que marcaram o futebol na última década e meia, vão cumprir no Qatar aquele que será, tudo indica, o seu derradeiro Mundial, uma ‘última dança’.
Ronaldo, de 37 anos, e Messi, de 35, vão ‘capitanear’ Portugal e Argentina numa quinta participação na prova, recorde que vão passar a compartilhar, como muitos outros que estabeleceram ao longo das suas inigualáveis carreiras.
Os dois estrearam-se em 2006, ainda ‘miúdos’, especialmente o argentino, que tinha apenas 19 anos, e já lideraram as suas seleções em 2010, 2014 e 2018.
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Em comum também têm o facto de não terem conseguido arrebatar o título, e só terem brilhado a espaços, isto apesar de Messi ter sido eleito o melhor jogador da edição de 2014 e de Ronaldo ter acabado o Rússia2018 como o segundo melhor marcador.
O português fez uma ‘aproximação’ relativa ao cetro em 2006, quando Portugal chegou às meias-finais, caindo perante a França (0-1), enquanto o argentino esteve perto da glória em 2014, para ‘tombar’ no prolongamento da final com a Alemanha (0-1).
Mesmo sem nunca terem ‘explodido’ num Mundial – Ronaldo nunca conseguiu ‘ser’ Eusébio e Messi foi incapaz de ‘replicar’ Maradona -, os dois jogadores chegam ao Qatar como as duas grandes figuras, pelo ‘rasto’ das suas carreiras.
Entre os dois, arrebataram 12 das 13 ‘Bolas de Ouro’ entre 2008 e 2021, e 10 de 12 ‘Botas de Ouro’ entre 2007/08 e 2018/19, sendo que, no mesmo período, em 12 épocas seguidas, foi um ou outro a encabeçar a lista de melhores marcadores da ‘Champions’, prova em que somaram, em conjunto, oito cetros, de 2007/08 a 2017/18.
Messi lidera nas ‘Bolas de Ouro’ (sete contra cinco) e nas ‘Botas de Ouro’ (seis contra quatro), enquanto Ronaldo foi mais vezes o melhor marcador da ‘Champions’ (sete contra seis, incluindo o ‘cetro’ que partilharam) e ganhou mais uma ‘orelhuda’ (cinco contra quatro).
Pelas seleções, falta a ambos o Mundial, sendo que Ronaldo venceu o Europeu de 2016 e a Liga das Nações de 2019, enquanto Messi, depois de muito porfiar, ganhou a Copa América de 2021 e, já em 2022, a Finalíssima.
Antes, o argentino já tinha brilhado na seleção de sub-20, ao arrebatar o título mundial de 2005, numa competição realizada nos Países Baixos, e também na olímpica, com a conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Pequim2008.
No que respeita aos Mundiais, Ronaldo soma sete golos e duas assistências, em 17 jogos, enquanto Lionel Messi conta mais dois encontros disputados (19) e mais três assistências (cinco), perdendo nos golos, com menos um (seis).
Messi, caso cumpra o máximo possível de sete jogos, pode tornar-se o jogador com mais encontros em Mundiais, superando os 25 do alemão Lothar Matthaus, sendo que ambos procuram tornar-se, pelo menos, os melhores marcadores das suas seleções.
O ‘7’ luso está a dois golos do ‘rei’ Eusébio, que só precisou de uma fase final e de seis jogos para apontar nove golos, e ser o melhor marcador da edição de 1966, enquanto Messi está a dois de Guillhermo Stábile e Maradona e a quatro de Gabriel Batistuta.
Na primeira fase, Portugal defronta Gana (24 de novembro), Uruguai (28) e Coreia do Sul (02 de dezembro), no Grupo H, enquanto a Argentina mede forças com Arábia Saudita (22 de novembro), México (26) e Polónia (30), no Grupo C.
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