O polaco Szymon Marciniak, árbitro da final do último Campeonato do Mundo entre Argentina e França, veio esta sexta-feira a público defender-se das críticas que foram feitas à sua arbitragem, principalmente pela imprensa francesa.

O jornal 'L´Equipe' defendeu que o terceiro golo da Argentina não deveria ter sido validado, isto porque, na altura em que Messi rematou, haviam alguns suplentes da formação sul-americana dentro de campo; algo que, de acordo com o mesmo jornal, seria suficiente para anular o tento.

Perante esta situação, o árbitro polaco defendeu-se das críticas, apontando uma situação idêntica à supracitada aquando de um dos golos da seleção francesa. Szymon Marciniak acabou por criticar a postura do jornal desportivo gaulês perante a situação.

"Os franceses não mencionaram uma imagem onde se vê sete jogadores [suplentes da França] em campo quando Mbappé marca um dos golos. Qual foi o impacto dos jogadores que se levantaram e saltaram no banco? Há jornais sérios e outros que procuram ruído", disse o árbitro, citado pelo jornal 'Le Fígaro'.

O juiz da final do Mundial acrescentou ainda que, no final da partida, recebeu muitas mensagens de parabéns pelo seu desempenho por parte de amigos e árbitros franceses, e até do próprio Kylian Mbappé.

"Amigos meus e grandes árbitros franceses mandaram-me mensagens a dizer que a arbitragem foi ótima. Muitos profissionais e jogadores de futebol enviaram-me os parabéns. Mbappé disse-me que éramos ótimos árbitros", afirmou Marciniak.

Szymon Marciniak aproveitou também para descrever o estado em que estava o avançado francês após o final da partida.

"Vi-o abalado. Provavelmente foi o homem do jogo, se é que podemos dizer isso de alguém que não venceu a partida. Vi as lágrimas na cara dele. Olhou para mim e viu que tinha acabado de apertar a mão a Lloris. Fui ter com ele e também nos cumprimentámos. Dei-lhe os parabéns pelo jogo que fez, pelo grande jogo que fez. É um grande jogador. Também nos disse que tínhamos feito uma boa atuação e agradeceu", concluiu.

A Argentina sagrou-se campeã do mundo ao bater a França na final através do desempate por grandes penalidades, após um empate a três golos no final dos 120 minutos.