Donald Trump, proibiu a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de 12 países, entre os quais a Guiné Equatorial, para “proteger” o país de “terroristas estrangeiros”, segundo uma proclamação publicada pela Casa Branca na última quarta-feira.

No entanto, a proibição de entrada não se aplicará aos atletas que competirem no Mundial de 2026, que os Estados Unidos vão coorganizar com o Canadá e o México, nem aos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028, segundo consta na ordem de Trump.

Também não se aplicará a diplomatas dos países visados, de acordo com o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, sediadas em Nova Iorque.

"Como já dissemos antes, qualquer sistema que seja implementado deve respeitar a dignidade humana das pessoas", afirmou Stéphane Dujarric, acrescentando que cabe a cada país decidir como controlar as suas fronteiras.

O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, alertou que "a natureza ampla e abrangente da nova proibição de viagens levanta preocupações à luz do direito internacional".

Já a Amnistia Internacional dos EUA classificou a medida como "discriminatória, racista e absolutamente cruel".

A proibição poderá ainda ser contestada judicialmente, tal como várias das medidas drásticas que Trump tem tomado desde o seu regresso relâmpago à presidência em janeiro.

A proibição assinada pelo Presidente dos Estados Unidos, que entra em vigor a 09 de junho, para além do estado membro Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), aplica-se ao Afeganistão, Birmânia, Chade, República Democrática do Congo, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.

“A entrada nos Estados Unidos de nacionais da Guiné Equatorial como imigrantes e não-imigrantes é totalmente suspensa”, proclama Trump.

Sete outros países estão sujeitos a restrições, designadamente, o Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela.

A proibição e restrições aplicam-se tanto à entrada de imigrantes como de não imigrantes, especifica a ordem executiva assinada por Trump e é divulgada poucos dias depois do atentado no Colorado.

No domingo, um homem lançou engenhos incendiários contra os participantes numa marcha semanal no Colorado em apoio aos reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza. Segundo a Casa Branca, o presumível autor do ataque encontrava-se em território norte-americano “ilegalmente”.