Os accionistas da SAD do Sporting reúnem-se na quinta-feira em Assembleia Geral para decidir sobre o plano de reestruturação financeira e recapitalização acordado com a Banca, o qual pode proporcionar até 73 milhões de euros.
A reunião magna, agendada para as 18:00, no Auditório do Estádio José Alvalade, vai também servir para ratificar José Filipe Nobre Guedes como administrador da SAD, por cooptação, além do projecto, já sancionado pelos bancos BES e Millenniumbcp.
O plano, adiado desde Março, contempla três passos, sendo o primeiro a “redução do capital social de 42 milhões de euros para 21 milhões, destinada à cobertura de prejuízos”, através da diminuição do valor nominal das acções de dois para um euro, segundo comunicou a entidade à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Depois, prevê-se novo aumento do capital social de 18 milhões de euros, passando dos 21 milhões para 39 milhões, graças à “emissão de 18 milhões de acções com valor nominal de um euro cada” para “subscrição pública”.
A Sporting SAD vai ainda emitir “Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) em acções, no montante máximo de 55 milhões de euros, com valor nominal de um euro, com um prazo máximo de cinco anos".
Os VMOC são valores com duração limitada que obrigam a empresa que os emite a entregar ao investidor, numa determinada data, uma quantidade de acções ou obrigações, neste caso “acções ordinárias da Sporting SAD a um preço de conversão de um euro”.
As medidas previstas visam aumentar os capitais próprios (activo menos passivo) da SAD dos “leões”, deixando de estar abrangida pelo artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais – que prevê falência técnica de uma sociedade tenha capitais próprios iguais ou inferiores a metade do seu capital social - e também dotá-la de mais meios para a sua actividade.
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