Rita Corrêa Figueira, administradora executiva da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Sporting, disse à Agência Lusa que o investimento sul-africano pode concretizar-se pela participação num aumento de capital da sociedade, ou pela aquisição de acções detidas pela empresa Sporting SGPS (que tem 52,27 por cento do capital da SAD).
Quando o investimento se concretizar, a SAD do Sporting passa a ser a primeira com participação directa relevante de capital estrangeiro entre os três principais clubes portugueses, apesar de 18,12 por cento do capital da SAD do FC Porto já serem detidos indirectamente por espanhóis.
A administradora da SAD leonina adiantou que se a participação resultar de uma venda directa da Sporting SGPS as acções serão vendidas pelo seu valor nominal (dois euros), enquanto se for por aumento de capital o seu preço dependerá das condições de subscrição.
Rita Figueira salientou que o Sporting fica com 33 por cento do capital da ASA sem quaisquer encargos, porque o investimento e custos operacionais são assumidos pelos parceiros sul-africanos.
O Sporting fica com a gestão da academia africana de futebol, adiantou, indicando que o plano de negócios prevê que a ASA tenha resultados operacionais (que não incluem a amortização do investimento) equilibrados a partir do terceiro ano de actividade. A SAD do Sporting será a primeira sociedade dos três principais clubes portugueses de futebol a ter uma participação directa relevante de estrangeiros no seu capital social.
A SAD do FC Porto já tem 18,12 por cento do seu capital controlado por espanhóis, mas através de participação indirecta.
Estes 18,12 por cento da SAD do FC Porto são subscritos pela Aplicação Urbana II - Investimento Imobiliário, que é detida em partes iguais pelos grupos espanhóis Inmobiliaria Chamartin (através da Chamartin Imobiliária) e Sacyr Vallehermoso (através da Somague), segundo informação recolhida junto das duas empresas.
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