Pedro Proença concedeu uma entrevista ao diário desportivo 'O Jogo' onde, entre outros temas, falou sobre a integração no Comité Executivo da UEFA e também sobre uma possível candidatura futura ao cargo de presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

O dirigente começou por enfatizar o seu regresso ao Comité Executivo, cerca de oito anos depois de ter pertencido a este órgão, mas na condição de árbitro. Proença reconhece que agora a estrutura está mais profissionalizada.

"Tive aqui, em Paris, uma reunião do Executivo e disse que é muito bom voltar passados oito anos a uma casa que bem conheço, onde estive 20 anos e fui verdadeiramente feliz. Comecei assim o meu discurso. É uma casa onde me sinto muito bem e é bom voltar a ver velhos e bons amigos. A estrutura, obviamente, está diferente, é agora mais profissional, um resultado dos tempos, mas é uma casa que conheço bem e onde gosto de estar", começou por afirmar Proença.

O dirigente fez uma comparação relativamente ao trabalho desenvolvido há oito anos atrás. Para Pedro Proença, apesar dos momentos serem totalmente diferentes, a forma como este os aborda nunca se alterou.

"São momentos diferentes mas feitos com o mesmo rigor e profissionalismo que as pessoas que trabalham comigo bem conhecem. Em tudo empenho-me na totalidade, tenho uma forma obsessiva de estar, dedico-me de corpo e alma a todos os projetos e este não será diferente. A prioridade é sempre o futebol português, é aí que tenho o meu principal compromisso. Tive unanimidade dos clubes para estar à frente dos destinos do futebol profissional e é aí que estarei, agora com a complementaridade destas novas funções internacionais", disse.

Apesar de estar com vários projetos em desenvolvimento no futebol português e europeu, o atual presidente da Liga Portugal não põe de parte uma eventual candidatura à liderança da Federação Portuguesa de Futebol no futuro.

"Digo sempre e já aprendi que neste momento estou focado naquelas que são as minhas funções. O que vier, virá. Nunca dizemos não a nada. A palavra nunca não deve ser utilizada, mas estou muito satisfeito e comprometido com o que estou a fazer. É aqui que estou neste momento, daqui a uns tempos, se novos desafios aparecerem, cá estarei para avaliar as situações", sublinhou Proença.