O presidente da Associação de Futebolistas Profissionais de Inglaterra, Gordon Taylor, defendeu esta segunda-feira a aplicação de sanções retroativas para casos graves de indisciplina que não tenham sido avaliados pelo árbitro de um jogo.

«Não estamos a propor que os encontros devam ser arbitrados de novo numa segunda-feira de manhã, mas acredito que tem de haver a possibilidade de se rever lances deste tipo», afirmou hoje Taylor à agência Press Association.

Estas declarações surgem ainda a propósito do lance polémico da última jornada da liga inglesa em uma entrada violenta do jogador do Wigan, Callum McManaman, sobre Massadium Haïdara, defesa francês do Newcastle FC, não foi punida pelo árbitro da partida, reacendendo as discussões sobre a possibilidade de castigar lances que não foram vistos na hora pelos «juízes de jogo».

A Federação Inglesa de Futebol, que detém o poder para executar um possível castigo retroativo de jogadas antidesportivas, decidiu não sancionar McManaman argumentando que o lance em causa foi visto por um dos árbitros assistentes e este nada assinalou.

O responsável pela Associação dos Futebolistas acrescentou ainda que «caso surja alguma dúvida sobre lances deste tipo, por exemplo sobre cartões vermelhos que são postos em causa ou sobre jogadas em pode ter havido uma simulação, não vê porque não deveriam de ser estudadas».