O treinador Carlos Carvalhal, que hoje assumiu o comando técnico do Swansea, último classificado da Premier League, garantiu que “a permanência está nas mãos de todos” e o clube “tem o que é preciso para a alcançar”.

Com 18 jogos para fugir à despromoção, e numa altura em que o Swansea está a cinco pontos da linha virtual da permanência, Carlos Carvalhal quer contrariar os que não acreditam que ainda é possível a manutenção e assegura que não é preciso um milagre mas o trabalho de todos para a conseguir.

"Neste momento, se perguntarmos a 100 pessoas que seguem futebol, elas dirão que o Swansea não escapa à despromoção”, considerou Carlos Carvalhal, de 52 anos, em declarações ao sítio do clube galês, com o qual assumiu um compromisso até final da época, com a possibilidade de mais uma de extensão.

O treinador português, que na véspera de Natal deixou o Sheffield Wednesday, do ‘Championship’, admitiu que há quem pense que só um milagre pode salvar o clube da descida, mas refuta essa teoria com a promessa de trabalho árduo.

“Não é um milagre, quando as coisas estão nas mãos dos homens. Está nas nossas mãos alcançar essa objetivo e não precisamos de ajuda divina. Precisamos sim de um forte compromisso e prometo que vamos tentar tudo para mudar as coisas”, disse.

Carlos Carvalhal chega ao Swansea, no qual orientará o internacional português Renato Sanches (cedido pelo Bayern Munique), apenas quatro dias após ter deixado o Sheffield Wednesday, clube que levou por duas vezes consecutivas ao ‘play-off’ de acesso à Premier League.

A estreia na Premier League acontece no sábado frente ao Watford, orientado pelo compatriota Marco Silva, e Carlos Carvalhal manifestou-se “muito motivado”, para o “desafio difícil” que tem pela frente, dada a posição em que se encontra o Swansea.

“Será difícil e precisamos do apoio de todos. Vamos tentar mostrar um forte compromisso entre todos, técnicos e jogadores, e é claro que precisamos do apoio de todos os adeptos, porque eles realmente é que podem fazer a diferença”, admitiu Carlos Carvalhal.

O treinador português, que orientou hoje pela primeira vez o treino da sua nova equipa, já passou a mensagem ao plantel e considerou que, após um primeiro contacto, o clube tem o que precisa para garantir um lugar condizente com o seu nível.

“Esta competição é muito difícil e não estamos em boa posição. Não prometemos nada, mas vamos trabalhar duro e tentar jogar um bom futebol para que os adeptos possam reconhecer a nossa identidade no campo”, garantiu Carlos Carvalhal.

O treinador recordou as suas experiências europeias ao serviço de equipas como o Sporting, Sporting de Braga e Besiktas e até mesmo a proeza de levar o Leixões, então na 3.ª Divisão, à Europa, por via da final perdida da Taça de Portugal, em 2001/02.

*Artigo atualizado