O presidente da Federação inglesa de futebol (FA), Greg Dyke, disse hoje que a decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia (UE) pode ter um “grande impacto” no futebol britânico.
“As consequências reais não se verão nos próximos dois anos, mas o 'brexit' poderá ter um grande impacto no futebol inglês”, disse Dyke, através de um comunicado.
Os mais de 46 milhões de britânicos e membros da Commonwealth residentes no Reino Unido foram chamados na quinta-feira às urnas para decidir em plebiscito o futuro do país no seio da Comunidade Europeia.
O futebol britânico, através do presidente da Premier League, Richard Scudamore, e dos vinte clubes que a integram, pediram o voto pela permanência na UE, o que não impediu que chamado ‘brexit’ vencesse com cerca de mais um milhão de votos (17.410.472 contra 16.141.241) do que os partidários da permanência, que somaram 48,1 por cento dos votos contra 51,9 por cento do lado opositor.
“Seria uma pena que alguns dos grandes jogadores europeus deixassem de vir, mas não creio que isso vá acontecer. Reduzir o número de futebolistas da Europa no Reino Unido depende das condições que se estabeleçam na saída da UE”, disse o presidente da FA, ao mesmo tempo que aplaudiu o provável incremento do número de jogadores ingleses nos clubes do Reino Unido.
Greg Dyke lembrou ter sempre lamentado a redução do número de jogadores ingleses nas equipas da Premier League, cerca de 30 por cento, e considerou que, se esta medida ajudar a incrementar esse número, “será perfeito”, mas, ao mesmo tempo, “não quer perder” os melhores futebolistas europeus.
De acordo com diferentes estudos, o número de futebolistas comunitários que jogam na Premier League passarão a ser extracomunitários após o ‘brexit’, pelo que terão de solicitar um visto de trabalho, mas só 40 ou 50 por cento dos futebolistas estrangeiros cumpririam os requisitos para obter esse visto.
De acordo com a emissora pública de rádio (BBC), seriam 332 o total de futebolistas que alinham na Premier League, na Championship (segundo escalão) e na I Liga escocesa que deixariam de cumprir os requisitos para jogar no Reino Unido.
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