Em janeiro deste ano, o emblema de Turim foi condenado pela justiça desportiva italiana, que acusou o clube de ter registado na folha de contas superávits artificiais em transferências de jogadores. Paratici, ex-dirigente do clube, recebeu, então, uma suspensão de 30 meses, válida somente em Itália.

"A FIFA confirma que, depois de um pedido da Federação Italiana (FIGC), o presidente da Comissão Disciplinar da FIFA decidiu estender as sanções ditadas pela FIGC contra alguns dirigentes a nível mundial", explicou a federação internacional em comunicado.

Paratici trabalhou na Juventus entre 2010 e 2021, até ser contratado pelo Tottenham. Na terça-feira, o clube inglês publicou uma longa entrevista com o diretor desportivo, na qual ele fala sobre a demissão do técnico italiano Antonio Conte.

Após o anúncio, o Tottenham pediu "esclarecimentos com urgência" à entidade sobre os "detalhes" em torno da suspensão e pediu também que esta não entre em vigor até que o recurso de Paratici seja julgado.

No dia 20 de janeiro, a Juventus foi punida com a perda de 15 pontos no campeonato italiano e o ex-presidente Andrea Agnelli foi suspenso por dois anos, junto a outros dirigentes. Assim como o clube, Paratici recorreu contra esta suspensão.

A 'Velha Senhora' foi acusada de ter sobrefaturado os valores de venda de alguns jogadores, numa série de operações cruzadas com outros clubes, com o objetivo de inflacionar as suas contas.

O escândalo de transferências sobrefaturadas afetava inicialmente vários clubes italianos, que foram absolvidos no ano passado. O tribunal de apelação da FIGC aceitou o pedido do promotor para reabrir o caso, somente no que se refere à Juventus.