Um golo marcado pelo avançado norueguês Erling Haaland, de grande penalidade, permitiu hoje ao bicampeão Manchester City vencer por 1-0 no estádio do Crystal Palace, na 27.ª jornada da Liga inglesa de futebol, e pressionar o líder Arsenal.
O melhor marcador da Premier League, com 28 golos, demonstrou a eficácia habitual numa altura em que o espetro do empate pairava sobre Selhurst Park, aos 78 minutos, quando o City foi salvo por uma falta desnecessária do francês Michael Olise sobre o alemão Ilkay Gundogan na área anfitriã.
O internacional português Rúben Dias foi totalista na defesa dos ‘citizens’, enquanto o médio Bernardo Silva foi substituído pelo belga Kevin De Bruyne imediatamente após o golo, que permitiu à equipa treinada pelo espanhol Pep Guardiola consolidar o segundo lugar e reduzir para dois pontos o atraso para o Arsenal.
Os londrinos podem recolocar a diferença em cinco pontos no domingo, caso se imponham no recinto do Fulham, treinado pelo português Marco Silva, antes de receberem o Sporting, na segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa, após terem empatado 2-2 em Lisboa.
Horas antes, o Tottenham tinha reforçado o precioso quarto lugar, o último de acesso à Liga dos Campeões da próxima época, ao vencer por 3-1 na receção ao Nottingham Forest, na mesma altura em que o Chelsea regressava aos triunfos fora de casa, cinco meses depois.
O avançado Harry Kane, segundo melhor marcador do campeonato, com 20 golos, abriu caminho à vitória do Tottenham, ao ‘bisar’ aos 19 e 35 minutos (o primeiro após assistência do ex-sportinguista Pedro Porro e o segundo de grande penalidade), tendo o sul-coreano Heung-Min Son aumentando a vantagem, aos 62.
Os visitantes reduziram, aos 81 minutos, por Joe Worrall, mas um penálti falhado pelo ganês Andre Ayew, aos 90+5, deixou mais tranquilos os ‘spurs’, que aproveitaram a surpreendente derrota do Liverpool em Bournemouth, por 1-0, para consolidar a quarta posição da Premier League.
O Tottenham aumentou para seis pontos a vantagem sobre o Liverpool (que pode ser ultrapassado pelo Newcastle, caso os ‘magpies’ ganhem no domingo na receção ao Wolverhampton) e ficou a apenas um ponto do Manchester United, terceiro colocado, com menos dois jogos disputados.
O Chelsea também ganhou algum ânimo na corrida pelos ‘lugares europeus’, ao vencer pela mesma margem (3-1) no estádio do Leicester, graças aos tentos marcados por Ben Chilwell (11 minutos), pelo alemão Kai Havertz (45+6, num duplo ‘chapéu’, pois a assistência do ex-benfiquista Enzo Fernández foi efetuada dessa forma) e pelo croata Mateo Kovacic (78).
O avançado português João Félix, emprestado pelo Atlético de Madrid ao Chelsea, foi titular e esteve muito ativo, tendo acertado no poste, aos 23 minutos, e visto um golo ser invalidado por fora de jogo pouco depois, antes de ser substituído, no arranque da segunda parte.
O compatriota Ricardo Pereira foi totalista na defesa do Leicester, que chegou a restabelecer o empate 1-1, aos 39 minutos, através do zambiano Patson Daca, mas não evitou que os ‘blues’ festejassem a primeira vitória na condição de visitantes desde 16 de outubro de 2022, quando se impuseram por 2-0 no reduto do Aston Villa.
A série de oito partidas sem vencer fora de casa terminou, mas o Chelsea ainda precisa de recuperar muito terreno para atingir os postos de acesso às competições europeias, ocupando um longínquo 10.º lugar, enquanto o Leicester está ainda pior, em 16.º, tendo terminado o jogo de hoje com 10 jogadores, devido à expulsão do belga Wout Faes, aos 87 minutos.
O Brighton poderia ter apanhado o Newcastle no sexto lugar, mas empatou 2-2 no estádio do Leeds, penúltimo classificado, enquanto o Everton ganhou alento na luta pela manutenção no escalão principal, ao bater o Brentford por 1-0, graças a um golo de Dwight McNeil, logo no primeiro minuto.
O dia na Premier League abriu com a comprometedora derrota do Liverpool em Bournemouth, consumada com um golo marcado pelo médio dinamarquês Philip Billing, aos 28 minutos, que pôs fim ao curto ‘estado de graça’ dos ‘reds’.
Na última jornada, a equipa treinada pelo alemão Jürgen Klopp tinha realizado uma das melhores exibições da temporada, com impressionantes 7-0 em casa ao Manchester United, a pior derrota dos ‘red devils’ em 100 anos de participações no campeonato.
Quase eliminado na Liga dos Campeões – após perder em casa com o Real Madrid por 5-2 e com a segunda mão agendada para quarta-feira -, o Liverpool parecia endireitar-se no campeonato, progredindo até aos lugares europeus e sem perder há cinco jornadas.
A realidade hoje foi outra, em tudo um contraste com o que os ‘reds’ tinham feito diante do United e, no Vitality Stadium, em Bournemouth, em jogo em que Diogo Jota entrou ao intervalo e Fábio Carvalho perto do final, as más exibições voltaram.
Já na segunda parte, Diogo Jota cabeceou ao segundo poste, o jogador do Bournemouth elevou o braço e os ‘reds’ ganharam uma grande penalidade, mas o egípcio Mohammed Salah confirmou a exibição apagada e atirou muito por cima, aos 69 minutos.
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