Marco Silva concedeu uma longa entrevista à Sky Sports onde abordou a sua carreira em Inglaterra. Um dos temas em destaque foram os quatro meses em que esteve longe do futebol, depois de ter sido despedido do Watford e antes de ser contratado pelo Everton.
"Os primeiros 15 dias foram bons. Pude aproveitar a companhia da minha família, pude levar as minhas filhas à escola, pude ir buscá-las... Mas passados 15 dias, começas a sentir falta de tudo", afirmou o treinador, prosseguindo.
"Foi muito difícil. Começas a sentir falta do teu dia normal, de vir ao centro de treinos, de orientar o treino, de conviver com os jogadores, até de tomares o teu duche no balneário. O mais importante, porém, é a falta que sentes dos jogos. Esse dia especial da semana, porque é para isso que te preparas. Quando começas a falhar os jogos, é o mais difícil", disse.
Marco Silva falou também sobre o perído atual no Everton e garantiu que está feliz nos 'toffees'. O técnico português acredita num projeto a longo prazo, ele que tem tido uma carreira marcada por períodos curtos em cada clube por onde passou.
"É esse o meu feeling desde o primeiro dia. O que o presidente me disse foi para não pensar só no dia seguinte, mas sim em algo maior. É para preparar o clube para competir ao mais alto nível, para conquistar o que o clube conquistou no passado. É um processo longo, mas podes conseguir se investires no crescimento e se deres os passos certos", adiantou.
O treinador deixou ainda elogios a José Mourinho, que considera ter aberto muitas portas" aos companheiros de profissão.
"O José, para todos os treinadores portugueses, teve um impacto fantástico quando apareceu. Ele alcançou vários sucessos, com o Chelsea, Inter e Real Madrid e abriu grandes portas para os treinadores portugueses virem [para Inglaterra] e trabalharem. Portugal teve muitos bons treinadores no passado, mas a maioria trabalhava em Portugal. O José mudou isso", finalizou.
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