A primeira Liga inglesa de futebol tem a competitividade que falta à Liga espanhola, em que o campeonato é dominado por Barcelona e Real Madrid, afirmou hoje o treinador do Chelsea, José Mourinho.
«La Liga tem dois fantásticos clubes e duas equipas fantásticas. O único problema é que na Liga, como todos sabemos, o Barcelona vai ser primeiro e o Real segundo ou o Real primeiro e o Barcelona segundo. Não penso que alguém acredite que algum clube possa mudar isso», disse, durante uma conferência de imprensa no campo de treinos do Chelsea, em Cobham, no sul de Londres.
Mourinho, que treinou o Real Madrid nas três épocas anteriores e foi treinador adjunto no Barcelona entre 1996 e 2000, considera as duas equipas «demasiado grandes financeiramente e, como consequência, são demasiado grandes em termos de qualidade futebolística para as outras equipas terem esperança em competirem».
Pelo contrário, referiu, durante outra parte da conferência de imprensa, que na "Premier League" existe uma competitividade maior, concordando com o treinador do Arsenal, Arsène Wenger, na opinião de que existem seis clubes candidatos ao primeiro lugar.
«Não vemos que alguém possa destruir a competição esta época ganhando 95 ou 100 pontos. Por um lado é bom, porque a competição é elevada. Mas temos todos, e julgo que todos os treinadores pensam como eu e tentarão como eu, de manter essa competitividade tentando ser mesmo bons», acrescentou.
O português admite ser difícil ser invencível em casa, como aconteceu em duas épocas à frente do FC Porto, três do Chelsea e duas do Inter de Milão, mas prometeu ser forte e evitar perder pontos em Stamford Bridge.
«Mas, se perdermos um jogo, não é dramático e é normal», garantiu.
Quanto ao estilo de jogo, Mourinho rejeitou que as suas equipas privilegiem o resultado à custa de jogar futebol bonito, argumentando com estatísticas, que incluem os recordes de pontos alcançados na Primeira Liga e na La Liga [espanhola] ou o recorde de golos realizado pelo Real Madrid.
«Nós não ganhamos por ganhar 1-0, defender muito bem sem atacar. As minhas equipas são ofensivas e às vezes arriscam mais do que outras. Pode-se falar de estilos e preferir um ou outro, mas ninguém pode dizer que as minhas equipas não são ofensivas», reivindicou.
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