O treinador português André Villas-Boas admitiu esta quarta-feira que será «difícil» conseguir contratar o internacional luso João Moutinho para o Tottenham Hotspur, da Liga inglesa de futebol, devido à concorrência de outros clubes.

O bom desempenho do médio do FC Porto durante o Euro2012 tornou, segundo Villas-Boas, uma possível contratação «mais difícil» ao clube londrino pelo qual assinou um contrato de três anos na semana passada e onde está agora a construir uma equipa.

«Também um jogador que está ligado a um clube que é extremamente meticuloso no que faz e não será fácil convencer um jogador de tamanha dimensão a juntar-se a nós, quando tantos outros clubes também estão interessados nele», referiu o técnico.

Villas-Boas diz ter seguido o Euro2012 pela televisão mas que acompanhou o «crescendo em emoção» e «uma grande carreira da seleção» portuguesa, acrescentando que desde a saída do Chelsea, em março, visitou vários campeonatos, incluindo o brasileiro e o espanhol, em busca de jogadores.

A primeira transferência com a assinatura do técnico foi a do médio islandês Gylfi Sigurdsson, de 22 anos, que pertencia aos alemães do Hoffenheim e se destacou na Liga inglesa durante a época de 2011/12, quando alinhou no Swansea por empréstimo do clube alemão.

«Foi um jogador que teve um impacto tremendo na liga inglesa no ano passado e no qual muitos clubes estavam interessados», justificou.

Outra contratação foi o defesa central e internacional belga Jan Verthogen, de 25 anos e capitão do Ajax, considerado um dos grandes obreiros dos dois títulos consecutivos da formação de Amsterdão e eleito o jogador do ano da Liga holandesa, cujo acordo já estava concluído, mas que mereceu o parecer positivo do português.

Perante a saída provável de Luka Modric, Villas-Boas diz ter posições por preencher, em particular no ataque e nas faixas, mas que estará atento aos jogadores das camadas jovens do clube.

Além do fisioterapeuta José Mário Rocha e do observador dos adversários Daniel Sousa, o técnico português escolheu para adjunto o também português Luís Martins, de 48 anos, que na última temporada dirigiu a equipa de sub-23 dos sauditas do Al-Ahli Jeddah.

«É uma pessoa que tem uma grande qualidade humana, que eu aprecio sempre, uma grande competência técnica que fala por si mesmo, tanto na formação de jogadores como na função que está hoje de adjunto», realçou.

Villas-Boas estava sem clube desde março deste ano, depois de ter sido despedido do comando técnico do Chelsea, ao qual chegou em julho de 2011.

Antes, na época de 2010/2011, o técnico português, de 34 anos, levou o FC Porto à conquista do campeonato nacional, Taça de Portugal, Liga Europa e Supertaça Cândido de Oliveira.