O regresso do treinador português José Mourinho ao Chelsea é o grande destaque da edição 2013/2014 da Liga inglesa de futebol, o mais excitante dos principais campeonatos europeus, face à proliferação de candidatos ao título.

O detentor Manchester United, com David Moyes no lugar do “eterno” Alex Ferguson, o Manchester City, com Manuel Pellegrini em vez de Roberto Mancini, o Chelsea e o Tottenham, se André Villas-Boas segurar Gareth Bale, são os principais favoritos e ainda “sobram” Arsenal e Liverpool.

Como detentor do cetro, e já vencedor da Supertaça, o United parte na “pole”, apesar do “caso” Wayne Rooney, jogador que, a sair, representará uma baixa de peso, numa altura em que Nani também ainda não está certo.

Mais do que no plantel (entrou Zaha e saiu Scholes), a maior mudança no United passou pelo comando técnico, com Ferguson a abdicar, após mais de duas décadas: David Moyes, que liderava o Everton, foi o eleito.

No vizinho City, acabou a bem mais curta “era” Mancini e chegou o chileno Pellegrini (ex-Málaga), juntamente com alguns reforços de peso, como os espanhóis Alvaro Negredo e Jesus Navas (ex-Sevilha), o montenegrino Jovetic (ex-Fiorentina) e o brasileiro Fernandinho (ex-Shakhtar).

O objetivo é, claramente, recuperar o título conquistado há dois anos, graças a dois golos nos descontos do último jogo, mas também fazer boa figura na “Champions”, o que o Manchester City ainda não foi capaz de fazer.

Por seu lado, o Chelsea apresenta como maior arma o regressado Mourinho, agora o “happy one”, depois de uma bem-sucedida primeira passagem, marcada pela conquista de dois títulos ingleses, em que foi o “special one”.

O técnico luso substitui Rafael Benitez, vencedor da Liga Europa às custas do Benfica, e herda um plantel com poucas mudanças, merecendo destaque a entrada do alemão André Schürrle (ex-Bayer Leverkusen), mais os regressados belgas De Bruyne e Lukaku: Mourinho ainda quer a “cereja” Rooney.

Quanto ao Tottenham, que quase chegou à “Champions” na época passada, tudo gira à volta da permanência ou não de Gareth Bale, a referência e alma do conjunto comandado por Villas-Boas, que já recrutou o avançado espanhol Soldado (ex-Valência) e o médio brasileiro Paulinho (ex-Corinthians).

O Arsenal, do “dinossauro” Arsene Wenger, também é sempre uma equipa a ter em conta, quanto mais não seja para baralhar as contas na frente, e o Liverpool continua a ser uma histórico e será mais forte se mantiver Luis Suarez.

Na corrida à Liga Europa também pode entrar o Everton, agora do espanhol Roberto Martinez e que recrutou o jovem catalão Gerard Deulofeu (emprestado pelo FC Barcelona).

Num campeonato com escassa presença lusa, destaque para o avançado Ricardo Vaz Té, do West Ham, e o central José Fonte, do Southampton, que se têm afirmado nas respetivas equipas.

Em relação à época passada, são novidades o Cardiff City, que dobra os representantes do País de Gales, juntando-se ao Swansea (nono ao comando do dinamarquês Michael Laudrup), o Hull City e o Crystal Palace.