A Liga inglesa de futebol “não tem ainda luz verde para regressar”, disse hoje o secretário de estado britânico para a Cultura e Desporto, Oliver Dowden, em declarações à rádio BBC.

Na segunda-feira, é esperada uma reunião dos clubes, um dia após o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciar algumas medidas de alteração em relação ao confinamento no Reino Unido, e o governo também já disse desejar que o campeonato recomece, mas apenas em segurança.

“Se pudermos ter um plano que funcione, adoraria que seguíssemos em frente. Penso que seria bom para toda a nação e para o futebol, como um todo”, adiantou o secretário de estado, mas com alertas quanto à prioridade da saúde pública.

Entre os principais campeonatos na Europa, a Alemanha tem o reinício marcado para 16 de maio, num cenário em que Bulgária, Turquia, Croácia e Sérvia também já avançaram com datas para um recomeço, entre finais de maio e início de junho.

A I Liga portuguesa teve uma primeira ‘luz verde’ para retomar no fim de semana de 30 e 31 de maio, mas ainda sujeita a um consentimento prévio da Direção-Geral da Saúde, enquanto França e Países Baixos deram por concluídos os campeonatos.

Quase todos os campeonatos – com muito poucas exceções, de Turquemenistão, Bielorrússia ou Nicarágua -, suspenderam as suas competições durante o mês de março devido à pandemia do novo coronavírus, que tem provocado uma crise sanitária e económica a nível mundial.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

O Reino Unido é o segundo país com maior número de mortos (30.615 em mais de 206 mil casos), apenas atrás dos Estados Unidos (75.670 mortes em mais de 1,2 milhões de casos).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.