O Queens Park Rangers indicou hoje que não iniciará uma investigação interna à conduta do seu treinador até que sejam apresentadas ao clube de futebol inglês provas do envolvimento de Jimmy Floyd Hasselbaink em atos de corrupção.
“Não nos é de momento possível prosseguir com a investigação interna [à conduta de Hasselbaink] sem a divulgação incondicional e completa pelo jornal Telegraph de toda a informação sobre o caso, já solicitada pelo clube e pelo treinador”, escreve o clube numa declaração.
O clube inglês solicitou a libertação de “toda a informação” que suporta as alegações de corrupção por parte de Hasselbaink, incluindo a divulgação “não editada” dos vídeos e transcrições das conversas para que possa ser entendido “o contexto e a sequência de tudo o que foi dito pelas partes”.
O Telegraph alega que o técnico holandês solicitou uma verba de 55 mil libras (cerca de 63 mil euros) para ajudar uma companhia fictícia do extremo oriente denominada Far Eastern, a vender jogadores ao clube inglês.
O técnico, que enquanto jogador alinhou em Portugal pelo Boavista e pelo Campomaiorense, já afirmou que nada fez de irregular.
O Telegraph tem publicado nos últimos dias o resultado de uma investigação de 10 meses que, de acordo com o diário britânico, prova a existência de subornos e corrupção no futebol inglês.
A investigação já levou à demissão de Sam Allardyce do cargo de selecionador inglês de futebol.
O técnico foi filmado secretamente por repórteres do jornal britânico, que se apresentaram como investidores asiáticos, e revelou formas de circundar os regulamentos de transferências da FA, nomeadamente a propriedade de passes de jogadores por parte de terceiros.
Durante o vídeo, Allardyce aceita viajar a Singapura e Hong Kong como embaixador da empresa fictícia, a troco de 400 mil libras (461 mil euros).
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