Enquanto a maior parte dos futebolistas está em casa, em isolamento, devido ao surto de COVID-19 que parou o Mundo, Heung-min Son viajou para o seu país onde deverá ter treinos que envolvem disparar armas, caminhadas de 30 km e mexer em produtos químicos.
O jogador do Tottenham aproveitou esta pausa nos campeonatos de futebol para viajar para o seu país para cumprir o serviço militar obrigatório, após vários adiamentos.
O governo sul-coreano tinha autorizado o extremo do Tottenham a não prestar serviço militar após ajudar o país a vencer a medalha de Ouro no futebol nos Jogos Asiáticos de 2018 mas Son quis cumprir com as suas obrigações de cidadão. Na Coreira do Sul, o serviço militar é obrigatório mas os cidadãos poderão ser dispensados se ajudarem o país a alcançar feitos extraordinários no desporto.
Para já, o jogador está em quarentena obrigatória de duas semanas, por ter regressado de um país estrangeiro. Deverá começar os treinos no dia 20 de abril, na base militar da ilha de Jeju. Ali, de acordo com a Reuters, espera-lhe treinos intensivos durante três semanas, como caminhadas diárias de 30 quilómetros com 40 kg de peso às costas, simulacros de tiro com fogo real, treinos químicos numa câmara de gases lacrimogéneos.
No treino químico CBRN (chemical, biological, radiological and nuclear na sigla em inglês), o craque do Tottenham terá de entrar numa câmara de gás, retirar as máscaras de proteção e ficar exposto aos gases. Os soldados deixam essas câmaras com os olhos encharcados em lágrimas e a derramar água pela cabeça, diz a Reuters.
"Quando se está no exército devem ser capazes de disparar uma rifle, respirar metade dos gases e participar numa batalha, arrastando-se no solo", refere uma fonte militar que falou com a Reuters.
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