A “XPro”, uma instituição de apoio a ex-futebolistas ingleses, revelou hoje que três em cada cinco jogadores declaram falência até cinco anos depois de se retirarem da profissão.
O organismo alega que, apesar de ganharem uma média de 35.000 euros por semana, muitos jogadores gastam todo o seu dinheiro ou seguem maus conselhos de investimento, e um em três são afetados por processos de divórcio.
A empresa, que aconselha e ajuda cerca de 30.000 antigos profissionais de futebol, acrescentou que «demasiados [jogadores] esquecem-se de pôr dinheiro de lado para os impostos», enquanto gastos excessivos derivados de grandes salários são também fator decisivo para muitas das falências.
No entanto, o presidente da Associação Inglesa de Profissionais de Futebol (PFA), Gordon Taylor, contestou os números apresentados, lembrando que o estado real da falência de ex-jogadores está entre os 10 e os 20 por cento.
«Os futebolistas, tirando muito poucas exceções, não vão ganhar tanto dinheiro quando deixarem de jogar. Nós encorajamos os jovens jogadores a poupar para quando se retirarem», disse Taylor.
O presidente da PFA também preveniu os jogadores sobre agentes e conselheiros que só se interessam neles quando ganham grandes salários e relembrou os cursos da PFA de ajuda para antigos profissionais trabalharem nos média e noutras áreas.
«Tenho que ter cuidado com o que digo sobre os agentes, mas eles estão presentes durante os bons momentos e desaparecem nos maus. Todos os jogadores que nos vieram procurar, fizeram-no quando as coisas ficaram muito más», acrescentou Gordon Taylor.
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