Mais do que uma vitória, a quinta consecutiva e que significa a melhor série da época, o Sporting assinou a melhor actuação desta temporada. Possivelmente, o jogo que faltava para galvanizar uma equipa outrora descrente para o resto do campeonato.

Numa equipa sem novidades face ao último jogo com a União de Leiria, os leões entraram melhor na partida, mas a hegemonia era criada de forma algo atabalhoada. O bom momento dos leões começou a notar-se desde cedo, com Hélder Postiga a desperdiçar a primeira ocasião de golo logo aos 11 minutos, ao atirar cruzado para a defesa de Bracalli.

A dinâmica leonina remetia à defesa um Nacional que se apresentava apenas disponível para o contra-ataque. No entanto, os madeirenses mostraram-se contundentes na primeira ofensiva à baliza de Rui Patrício.

Estavam decorridos 23 minutos quando Edgar Costa soltou-se no flanco direito e cruzou sem oposição para a cabeça de Ruben Micael. A estrela dos alvinegros surpreendeu com um excelente cabeceamento e fez o golo no primeiro remate do Nacional à baliza de Rui Patrício.

No entanto, não foi preciso esperar mais de dois minutos para o empate. Aos 25’, Miguel Veloso dá sequência a uma jogada perigosa dos leões e confirma o seu grande momento de forma, ao disparar forte e colocado com o pé direito para o golo do empate.

O desafio cresceu de intensidade e assistiu-se a uma partida de parada e resposta, com nota mais para o Sporting, que adiava ao intervalo o quinto triunfo consecutivo. O regresso do intervalo foi uma repetição do início do jogo. Um pressing algo desordenado do Sporting, no que parecia um retrocesso face à forma como terminou os primeiros 45 minutos.

Até que Liedson decidiu aparecer. Apenas 26 dias depois de ter sido operado, o Levezinho entrou para o lugar do desinspirado Hélder Postiga e bastaram três minutos para dar a volta à história do desafio. Aos 58’, o avançado surgiu sem marcação ao segundo poste para rematar de forma acrobática para o 2-1, depois de um canto de João Moutinho. Liedson voltava a resolver, como em tantas outras noites.

Perante 20 056 espectadores, Sporting e Nacional não evitaram uma ligeira quebra face à ‘loucura’ da primeira parte, mas mantiveram ainda assim um nível alto no jogo.

O Sporting cresceu com a reviravolta e aos 71’ conseguiu o 3-1. Um excelente cruzamento de Miguel Veloso para Liedson desviar com a ponta da chuteira, sem hipóteses para Bracalli. Izmailov deu início à jogada, driblou dois adversários, entregou a Veloso que logo assistiu o número 31 para mais um golo.

A história do encontro parecia escrita e os adeptos do Sporting faziam a festa. Mas era demasiado cedo. Aos 84’, Edgar Silva aproveitou a desconcentração da defesa leonina para concretizar um desvio certeiro na pequena área e reduzir para 3-2.

A intranquilidade ameaçou então o leão, que permitiu um ‘forcing’ final do Nacional em busca do empate, com Tomasevic a fazer Rui Patrício brilhar na noite em que completou 100 jogos oficiais pelo Sporting.

Como a retoma não se faz sem sofrimento, o Sporting foi obrigado a sofrer e resistir um pouco até ao apito final de Bruno Paixão.

A vitória não fugiu e as noites de festa estão de volta a Alvalade.