Salgado Zenha, responsável financeiro da SAD leonina, sublinhou esta quarta-feira que a conclusão da reestruturação financeira com os bancos trouxe uma autêntica lufada de ar fresco ao Sporting.
"O acordo que tínhamos era um acordo muito castrador, um acordo com os bancos credores dos bancos é um erro. Era um acordo muito castrador e, portanto, é com a conclusão desse acordo e com a conclusão deste processo de reestruturação financeira que hoje temos mais oxigénio. Os bancos não só controlavam o orçamento, como também ficavam com parte da receita, quando, por exemplo, o Sporting vendia um jogador. Isso já não é assim", disse em entrevista à CNN Portugal.
"Aquilo que acontecia, e que era altamente frustrante, é que quanto maior o sucesso do Sporting mais acelerava a amortização de dívida e, na verdade, aquilo que nós conseguimos receber acima daquilo que eram as nossas expectativas acabava por ser transferido para os bancos e não ir para a nossa capacidade de investir mais e de expandir. Em ser mais competitivos e, portanto, isso era naturalmente frustrante e, no fundo, estava a limitar a capacidade do Sporting de crescer e isso não era bom para nenhuma das partes", acrescentou.
"O modelo do Sporting tem de assentar sempre em aproximar-se dos concorrentes europeus e tem de ter ferramentas para isso. Sim, a resposta é que o Sporting é um clube vendedor para ser cada vez mais competitivo na Europa", disse também.
"O Sporting fechou 2022/23 com cerca de 125 milhões de euros em receitas operacionais, sem transações de jogadores e estando na Champions League. Um clube inglês do meio da tabela faz duas ou três vezes mais. Outro número, o Sporting faz em bilhética mais ou menos 20 milhões de euros, que inclui também camarotes e corporate. Um Ajax, um Rangers ou um Celtic faz quase €50 milhões, faz mais do dobro", terminou.
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