A notificação tardia de dois assistentes no julgamento de Vale e Azevedo, acusado de alegado peculato de quatro milhões de euros do Benfica, adiou, para a próxima terça-feira, a decisão do tribunal em continuar ou suspender as sessões.
A 3.ª Vara Criminal teve dificuldades na notificação dos dois assistentes, para se pronunciarem sobre requerimento apresentado por Vale e Azevedo a 18 de dezembro, com o intuito de cessar o julgamento.
Vale e Azevedo, que também é indiciado de branqueamento de capitais e falsificação de documento neste processo, alega que «não pode ser sujeito a procedimento penal, por infração diferente e praticada em momento anterior» à sua extradição para Portugal, a 12 de novembro.
Os dois assistentes no processo, sócios do Benfica, foram notificados apenas na segunda tentativa, a 04 de janeiro, depois das férias judiciais, pelo que o prazo de 10 dias para se pronunciarem termina esta semana, significando que a decisão do coletivo de juízes de continuar ou não o julgamento, prevista para hoje, foi adiada.
Caso continuem as audiências na 3.ª Vara Criminal, cujo coletivo é presidido por José Manuel Barata, a advogada de Vale e Azevedo, Luísa Cruz, já anunciou que impugnará o acórdão.
Presidente do Benfica de 1997 a 2000, Vale e Azevedo é acusado de ilícitos nas transferências dos futebolistas britânicos Scott Minto e Gary Charles, do brasileiro Amaral e do marroquino Tahar El Khalej.
Vale e Azevedo comunicou ao tribunal a intenção de não comparecer neste julgamento, ao abrigo de prerrogativa no âmbito da extradição de Londres para Portugal.
O antigo presidente do Benfica aguarda a decisão da liberdade condicional no Estabelecimento Prisional da Carregueira, em Sintra.
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