O advogado de Bruma reiterou hoje a indisponibilidade do futebolista em regressar ao Sporting, apesar de a Comissão Arbitral Paritária (CAP) ter dado razão ao clube de Alvalade, e assumiu que poderá avançar com o processo para a FIFA.

Em declarações à TVI, Bebiano Gomes reforçou que o contrato entre Bruma e o Sporting "está cheio de nulidades" e, por isso, umas das hipóteses será invalidar a inscrição na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e apresentar um recurso no organismo que rege o futebol mundial.

«Continuamos a achar que o contrato está cheio de nulidade e por isso podemos partir para a via federativa e anular a inscrição do Bruma por violação das normas da FIFA», afirmou o advogado do internacional sub-20.

Ao final da tarde, a CAP deu razão ao Sporting, considerando que o contrato entre o clube e Bruma é válido, estando por isso o jogador de 18 anos ligado aos "leões" até ai final da temporada 2013/2014.

«Neste momento, vamos ponderar com frieza e optar pelo melhor para a resolução deste caso. O Bruma precisa de começar a competir, precisa de jogar futebol, que é o seu trabalho e a sua profissão», defendeu Bebiano Gomes.

O advogado lembrou que a vontade de Bruma «é o mais importante» e que, neste momento, «a sua posição é não regressar ao Sporting porque considera que não tem condições para isso».

«Nesta altura é essa a sua vontade mas, mais tarde, o Bruma pode mudar e entender que tem condições para voltar ao Sporting. É a vontade do jogador que importa», referiu.

Bebiano Gomes também não excluiu a possibilidade de Bruma partir para a rescisão unilateral do seu contrato com o Sporting, tendo nessa situação que pagar uma indemnização ao clube liderado por Bruno de Carvalho.

Bruma e os seus representantes consideravam que o vínculo ao Sporting tinha terminado no final da época 2012/13, versão contrariada pelos "leões", que defendiam a validade do contrato para a época em curso.

Em causa estão dois contratos assinados pelo jogador, um primeiro contrato-promessa assinado em 2010 e com a duração de três anos - limite imposto pela FIFA no caso de jogadores menores - e um segundo rubricado em 2011, igualmente por três épocas, e que os representantes de Bruma dizem não ter validade.

O jogador chegou a iniciar conversações para renovação de contrato com o anterior presidente do Sporting, Godinho Lopes, no pressuposto de que Bruma estava vinculado até 2014, mas o prolongamento não se consumou.