O grupo de adeptos que invadiu a Academia do Sporting no passado dia 15 de maio foi a Alcochete com o claro intuito de agredir jogadores e equipa técnica, revela o jornal Correio da Manhã na sua edição de quarta-feira.

De acordo com as mensagens trocadas entre elementos do 'gang' que se deslocou à Academia do Sporting para pedir justificações à equipa liderada por Jorge Jesus é possível constatar que o grupo preparou o ataque ao pormenor com distribuição de 'alvos' para agredir.

Numa mensagem divulgada pelo referido jornal, um dos elementos garante que Jorge Jesus é o seu alvo para agredir. "Comecem já a ver com quem ficam. JJ é meu", escreveu Samuel Teixeira, que continua: "Minicapo com o Podence. Mathieu é para o Guerra. Bruno César é para o Paulo. Moita é o Rúben Ribeiro."

Noutra mensagem divulgada pelo Correio da Manhã é possível constatar que ao contrário do que foi veiculado inicialmente, o grupo foi a Alcochete com o claro intuito de agredir jogadores e equipa técnica.

"F***-** e quem é que fica com o Coates? E o Bas Dost?", pergunta outro elemento da claque, que recebe a garantia: "Levem o esticador. Eu levo o canhã0. Nunca mais se levantam".

Nas conversas a que a polícia teve acesso é possível constatar também o entusiasmo do grupo pela preparação do ataque: "F***-**, então bate a sério no William. Nem joga no domingo, está lesionado há seis meses", escreveu Miguel Ferrão, um dos arguidos no processo.

Noutra conversa divulgada pelo referido jornal, Emanuel Calças, um dos detidos pela polícia, escreve que precisa de falar com o 'Musta' numa clara referência a Mustafá, líder da claque Juventude Leonina, dando a entender que o mesmo tinha conhecimento dos preparativos do ataque aos jogadores e equipa técnica.

Outra informação revelante nas mensagens vai para o facto de Paulo Patarra dar a garantia ao grupo da presença de Jorge Jesus na Academia do Sporting no dia dos ataques.

Também o roupeiro Paulinho foi alvo da fúria dos adeptos como se pode constatar na seguinte mensagem divulgada: "Levam todos, até o Paulinho. Para bater no Paulinho é preciso quantos?", escreveu Filipe Alegria, um dos membros da Juve Leo preso por terrorismo.