O Benfica segurou a liderança da Primeira Liga ao vencer o Rio Ave no Estádio da Luz por 2-0, em encontro da 10.ª jornada da I Liga. Os vila-condenses entraram bem mas os golos de Rúben Dias aos 32 e Pizzi aos 51 'deitaram por terra' a estratégia de Carlos Carvalhal. Os 'encarnados' tiveram ainda várias oportunidades para aumentar a contagem.
A equipa de Bruno Lage, soma a sétima vitória seguida na Primeira Liga chega aos 27 pontos, em mais um jogo sem sofrer golos. Os 'encarnados' ostentam o melhor ataque a melhor defesa da prova.
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Mais um jogo, mais um onze diferente por parte de Bruno Lage. O técnico fez três alterações em relação à equipa que goleou o Portimonense na passada quarta-feira, na Luz: saíram Jardel, Gedson e Samaris para dar os seus lugares a Ferro, Pizzi e Florentino.
Num jogo entre amigos e irmãos (o irmão de Bruno Lage é adjunto no Rio Ave, treinado por Carlos Carvalhal, amigo do treinador do Benfica), havia a curiosidade para saber se o Rio Ave ia jogar 'olhos nos olhos' com o Benfica, à semelhança do que tem feito até agora no Campeonato. E foi o que se viu: primeiros 20 minutos de grande qualidade, com muita posse de bola, a sair a jogar com muita calma e tranquilidade, batendo facilmente as linhas de pressão do Benfica, com a qualidade de passe de Filipe Augusto, Tarantini, Nuno Santos e Jamor. Era um 4-4-2 que, a defender, passava a 4-3-3, com Taremi a ficar só entre os centrais 'encarnados', com Gabrielzinho a fechar na direita. Faltava chegar com mais gente na zona de finalização.
Nesse período de domínio vila-condense, destaque para uma saída destemida de Odysseas aos pés de Gabrielzinho aos sete minutos e num remate para fora de Tarantini aos 11.
Com tantas dificuldades em ter bola, pedia-se eficácia ao Benfica para bater a bem organizada defensiva vila-condense. Cervi deu um primeiro aviso aos nove minutos num remate de fora da área que Kieszek espalmou para canto. Aos 32 minutos, surge o primeiro golo da partida: canto de Pizzi e Rúben Dias a saltar mais alto que todos e a cabecear para o fundo da baliza. Antes desse lance, o Benfica tinha pedido penalti por suposta falta sobre André Almeida mas Carlos Xistra, após conversa com o vídeo-árbitro, mandou seguir.
Era pelos corredores que a formação de Carlos Carvalhal criava mais perigo. Na esquerda, Nuno Santos ia dando trabalho a André Almeida. Aos 41, deixou o lateral 'encarnado' para trás, em velocidade e disparou forte, ao poste, já com Odysseas batido.
Limitado fisicamente deste os 14 minutos, Taremi ficou no banco ao intervalo, entrando Ronan para o seu lugar. Com o Rio à procura do empate, a eficácia do Benfica voltou a fazer a diferença aos 51 minutos: centro de Cervi, Pizzi a recebe, tira dois adversários do caminho e remata para o 2-0. Simples e eficaz. Era o 12.º golo do médio esta época, o sétimo na I Liga onde é o melhor marcador, apesar de estar sem marcar desde 14 de setembro.
Mas nos dois lances que se seguiram, já faltou eficácia: a Rúben Dias desvio com o bico da bota após livre de Grimaldo, aos 57 e, no mesmo minuto, a a Cervi, numa das poucas perdas de bola na saída do Rio Ave. O argentino entrou na área e rematou para fora.
Com o 2-0, a crença do Rio Ave ia decrescendo a cada bola perdida no ataque, a cada passe errado. Já o Benfica, mais confiante, procurava o terceiro. Os jogadores 'encarnados' começaram a adornar os lances, com trocas de bola a um só toque e muita cerimónia na hora de rematar à baliza.
Aos 77 minutos, Grimaldo saiu lesionado, entrando Tomás Tavares para o seu lugar. Lage aproveitou para fazer descansar Chiquiho (entrou Gedson) e Carlos Vinicius (Seferovic ocupou o seu posto).
Kieszek teve de aplicar aos 82 minutos para evitar o golo de Cervi, um dos melhores do Benfica.
Com o resultado, o Benfica alcançou a sétima vitória seguida na Liga, mantendo assim a liderança. Os 'encarnados' ficam à espera do que fazem FC Porto e Famalicão, segundos na tabela, com 22 pontos.
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