Resumo

Muito volume, pouco critério. Assim se podia resumir o encontro de total domínio do FC Porto, sempre na senda da baliza contrária, mas que nos momentos decisivos não foi capaz de qualquer momento de magia capaz de ludibriar a defensiva do Boavista  e conquistar os três pontos no jogo da 16.ª jornada.

A entrada pressionante dos dragões impedia qualquer reação dos axadrezados e, na primeira grande oportunidade, Fábio Cardoso rematou à figura de João Gonçalves após canto batido por André Franco.

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Quando o Boavista conseguiu furar a forte pressão portista através de uma bola parada, aos 20 minutos, surgiu o salvador Wendell a cortar a bola no limite, impedindo uma perigosa tentativa de golo da pantera.

O sufoco foi tanto que, aos 23 minutos surgiu o primeiro golo do jogo. Um grande passe de Eustaquio encontrou Pepê dentro da área, que deixou para Evanilson tentar marcar de calcanhar, mas a bola ainda foi cortada por um defesa do Boavista antes de Toni Martínez revelar oportunismo para encostar a bola perto do poste esquerdo.

No entanto, os axadrezados não demoraram a reagir e empataram a partida poucos minutos depois. Tiago Morais cruzou milimetricamente para a cabeça de Bruno Lourenço, que escolheu caprichosamente o lado onde queria colocar a bola, relançando a incerteza no marcador.

O golo do empate, que se viria a revelar decisivo, acordou a pantera, que foi sagaz a aproveitar os espaços concedidos pelo desnorte temporários dos dragões para criar mais perigo do que conseguiu nos minutos iniciais.

Após o descanso o FC Porto voltou novamente cheio de gás e colecionou jogadas ofensivas bem desenhadas, às quais faltou quase sempre maior discernimento no último terço.

O domínio portista era avassalador, embora a maior percentagem de posse de bola teimasse em não se materializar em finalizações de qualidade.

Já perto do fim, Ibrahima Camará perdeu a cabeça e, com o jogo parado, desentendeu-se com Wendell tendo-se envolvido numa confusão com vários jogadores e recebido a respetiva ordem de expulsão. Em inferioridade numérica, a equipa teve de sofrer ainda mais nos minutos finais.

Aos 90+7, Namaso ainda teve nos pés o golo da vitória, mas a bola saiu a centímetros do poste esquerdo da baliza de João Gonçalves e o encontro terminou mesmo empatado, deixando o FC Porto a cinco pontos do líder Sporting.

Mais uma exibição cinzenta, onde apesar do maior domínio portista a extrema ineficácia foi uma montanha demasiado difícil de escalar.

O momento

A rápida reação ao golo portista, através do cabeceamento triunfal de Bruno Lourenço foi o momento-chave da partida. Os axadrezados nem deram tempo ao adversário de se moralizar com o tento inaugural, o que se revelou determinante para depois aguentar a avalanche ofensiva azul e branca.

O melhor

Embora não tenha tido muito trabalho, Pepe continua a impressionar aos 40 anos. O veterano central revelou-se tremendamente eficaz nas antecipações, leituras de jogo e a tentar empurrar a equipa na direção da baliza axadrezada. Nota ainda para a eficácia no passe, muitas vezes direcionado para o ataque.

O pior

Até estava a fazer um bom jogo, mas perdeu a cabeça após a marcação de um livre a favor do FC Porto e esteve na origem de uma grande confusão, primeiro com Wendell e depois com outros jogadores portistas, recebendo a respetiva ordem de expulsão. Atitude desnecessária que deixou a equipa a sofrer ainda mais nos minutos finais.

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