Numa noite amena em Vizela, o Sporting subiu ao Minho para iniciar a segunda volta da Primeira Liga e que forma de dar continuidade à boa primeira metade do campeonato. A equipa de Ruben Amorim esteve sempre no controlo das operações e contou com uma grande noite ofensiva, com Gyokeres e Paulinho como protagonistas. Mas justiça seja feita, Pedro Gonçalves e Francisco Trincão também tiveram um papel importante na goleada.
Ruben Amorim apresentou o habitual 3-4-3 com avançados móveis, trocando apenas Matheus Reis por Coates em relação ao triunfo em Chaves e a equipa deu continuidade ao bom momento. Inácio, Quaresma e o líder Coates estiveram (quase) sempre muito seguros, Pedro Gonçalves e Hjulmand são opostos mas complementam-se muito bem, no entanto o segredo estava na frente.
Trincão foi municiador de várias ocasiões, mas as constantes trocas promovidas por Paulinho e Gyokeres confundiam a marcação dos defesas e desgastaram muito o adversário. Quando o Vizela não conseguia acompanhar o ritmo, o espaço criado permitia aos dois avançados do Sporting chegar de melhor maneira às zonas de finalização e na hora H demonstraram eficácia.
Os vizelenses foram os primeiros a marcar, porque a espaços provaram que conseguem criar boas combinações e em poucos passes criar oportunidades de golo, mas a audácia e coragem que apresentaram em muitos momentos do jogo, foi castigada pela assertividade leonina.
Apesar de ter sido derrotado por números expressivos, a equipa do Vizela apresentou-se num 4-3-3 com linhas coesas, bastante organizado, que tentou sempre uma abordagem positiva ao jogo. Quando jogavam longo era devido à pressão sufocante do Sporting mas, quando tiveram ocasiões para tal, souberam ferir o leão e relançar a incerteza no resultado.
Um Sporting dominador, um Vizela que contrariou o destino enquanto pôde e no final o emblema leonino aumentou a vantagem na tabela da Primeira Liga para quatro pontos, em relação ao segundo classificado Benfica (42). FC Porto corre logo atrás com 38 pontos, seguido pelo SC Braga, com 36.
Os momentos: Golos a fechar e a abrir
No final de uma primeira parte onde os centímetros do fora de jogo e alguma falta de sorte deixavam o leão em desvantagem, ir para o intervalo a ganhar era uma força anímica extra para os homens do Vizela. Paulinho tinha visto um golo anulado por posição irregular e era importante marcar. Gyokeres, voltou a vestir a pele de super-herói e aproveitou um lance confuso na área para marcar o golo que permitia respirar melhor.
No primeiro minuto após o intervalo, foi Trincão a assumir protagonismo. O extremo leonino conduziu uma bela jogada pela direita e cruzou para Gyokeres, só que o avançado não chegou à bola, conseguindo na mesma importunar a ação de Buntic e a reviravolta estava consumada.
O melhor: Este não engana
Chegou como um desconhecido a Portugal, mas já todos sabem o seu nome. Viktor Gyokeres é um poço de força e apresenta uma elevada capacidade técnica, invulgar em jogadores tão possantes. Já provou que não precisa de muitas oportunidades para faturar e, em Vizela, esteve envolvido em três golos sendo decisivo para a boa exibição do Sporting. Tem características raras e parece cada vez mais destinados a outros voos.
O pior: Incapacidade para acompanhar
Embora a culpa seja coletiva em alguns lances, a verdade é que a dupla de centrais composta por Rodrigo Escoval e Anderson revelou muitas dificuldades para travar as investidas leoninas. Deram muito espaço nas costas para tentar empurrar a equipa para o ataque, mas o terreno que ficou descoberto foi sendo fatal para as aspirações de pontuar. Não tiveram ritmo para acompanhar as trocas entre os avançados do Sporting e não conseguiram parar o furacão Gyokeres.
Reações dos treinadores
Veja aqui o resumo do jogo
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