Sem ‘vestir' até hoje qualquer outra camisola que não a do clube vitoriano, o jogador estreou-se nesta época pela equipa principal, cumprindo um "sonho" que alimentava "desde pequenino", e mostrou-se confiante nas suas hipóteses de ganhar um espaço no ‘onze' com regularidade e até de envergar a braçadeira de capitão.

"Seria um orgulho e um prazer ter a braçadeira do Vitória. Acho que será possível no futuro", disse aos jornalistas, numa videoconferência promovida pelo clube minhoto.

André Almeida prometeu tentar o regresso aos titulares do Vitória se o campeonato regressar após a pausa competitiva provocada pela pandemia de covid-19, depois de uma época com 10 partidas disputadas entre agosto e outubro de 2020 e apenas três minutos em campo entre novembro e março, num jogo com o Marítimo, em 12 de janeiro, para a I Liga (0-0).

"Em relação à temporada, no início não pensava que ia fazer os jogos que fiz, jogando no Arsenal [derrota vitoriana por 3-2, para a Liga Europa]. Foi um início de temporada de sonho. Depois tive problemas físicos e deixei de ser opção, mas continuo a trabalhar para voltar ao ‘onze', pois é aí que eu sou feliz", salientou.

Num desses encontros, com o Rio Ave (1-1), relativo à primeira jornada do campeonato, mas disputado em setembro, André Almeida estreou-se a marcar pela equipa principal dos vimaranenses, com um golo de cabeça, algo que nunca acreditou que iria acontecer.

"Não sou um jogador de estatura elevada e o meu forte não é um jogo aéreo. Nunca tinha marcado um golo de cabeça. Foi o destino", explicou o médio, que tem como principais referências na sua posição o belga Kevin De Bruyne, o espanhol Iniesta, o francês Zidane e ainda Bruno Fernandes.

O médio reconheceu ainda que o plantel treinado por Ivo Vieira tem "muitas opções" com "muita qualidade" para o meio-campo, mas negou "sentir-se inferior" a colegas mais utilizados, tendo dito que, apesar de ser "muito novo", está no Vitória para "aprender" e "ser melhor", sem acusar as expectativas em seu redor, por ter um contrato válido até 2022, com uma cláusula de rescisão de 20 milhões de euros.

"Em relação à cláusula, é apenas um número. Estou ali [no plantel] apenas para jogar futebol. Quero jogar e evoluir, marcar e assistir. Nós, Vitória, queremos jogar e atingir o nosso objetivo [acesso à Liga Europa na próxima época]. Estamos ansiosos por isso", realçou.

A treinar em casa desde 12 de março, data em que o clube de Guimarães suspendeu a atividade desportiva, André Almeida assumiu as saudades de "ter a bola nos pés", de "estar com os companheiros", do "ambiente antes dos treinos" e do "ginásio", tendo ainda dito que confia no trabalho do departamento médico para voltar com segurança ao relvado.

"Pelo que nos informaram, está tudo pensado e calculado para tentarmos evitar o contacto entre jogadores. Confio no departamento médico do Vitória. Sei que eles vão fazer um bom trabalho em relação a isso", antecipou.