"O que importa é a equipa estar unida, não se deixando ir abaixo pela derrota com o Leixões, e ganhar os jogos que faltam, mostrando uma imagem à Paços de Ferreira. E, se o conseguirmos, como acredito, vamos conseguir uma boa posição na tabela", disse à agência Lusa André Leão.

Sem nunca referir directamente a Liga Europa, prova em que contabiliza quatro presenças esta época pelo Cluj, da Roménia, o reforço de inverno da formação nortenha lembrou que "só no fim se fazem as contas".

André Leão regressou à competição em Matosinhos, após lesão prolongada, admitindo não estar ainda nas melhores condições, mas promete "dar tudo" pelo Paços de Ferreira.

"Fiz três jogos e lesionei-me, parando um mês e meio, depois de um mês de 'férias', o que é complicado. Ainda não tenho força de reacção, mas começo a ganhar ritmo de competição", sublinhou.

André Leão é um pacense de Freamunde, cidades do mesmo concelho e de vizinhança nem sempre pacífica, que não renega as raízes, nem o facto de ser um profissional de futebol.

"Apesar de ser de Freamunde, não vou deixar de dar tudo pelo Paços, um clube com estabilidade. Sinceramente, pensei que a reacção fosse pior, mas as pessoas percebem que somos profissionais e temos de lutar pela vida", observou.

A situação mereceu, no entanto, "algumas brincadeiras" no balneário: "Há as bocas de sempre, por parte dos que sabem das rivalidades, como chamarem-me na brincadeira de 'espanhol', mas ultrapassamos isso facilmente", referiu.

O ingresso de André Leão no Paços de Ferreira esteve para acontecer mais cedo, "há três épocas e meia", quando representava o Beira-Mar, mas "uma pequena diferença de verbas" impediu a mudança.

"Estive com um pé no Paços, e só não vim por causa de uma pequena verba. Num dia os dirigentes do Paços não davam, no outro já davam, mas, depois disso, o treinador, o espanhol Paço Soler, disse à direcção para não me deixar sair", recordou.